Participe! Assembleia para debater a campanha salarial e a mobilização docente

Em meio à ausência de proposta por parte do governo para a recomposição salarial de servidoras e servidores, o 42º Congresso do ANDES-SN deliberou, por unanimidade, a construção de uma greve da categoria. Para debater a pauta, o ANDES/UFRGS realizará assembleia no dia 20 de março, às 16h30 (segunda chamada), na Sala 612 da Faculdade de Educação (Faced).

O resultado da assembleia será levado para reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) em 22 de março, juntamente com as demais seções do Sindicato Nacional.

Construção da greve

Realizado entre 26 de fevereiro e 1º de março, o 42º Congresso do ANDES-SN aprovou a construção da greve nas instituições federais de ensino e do setor da Educação no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal.

Entre os motivos da deliberação está a ausência de resposta do governo à contraproposta da bancada sindical, apresentada em 31 de janeiro, para a reposição das perdas salariais. Enquanto a categoria docente amarga arrocho de 22,71%, considerando apenas a inflação do governo Temer até o final do governo Lula, o governo manteve a proposta de reajuste de 0% em 2024, e apenas 9% parcelados em 2025 (4,5%) e 2026 (4,5%). Além de não acatar a solicitação de equiparação de benefícios entre servidores e servidoras dos Três Poderes, para ativos/as e aposentados/as.

Outra reivindicação não atendida foi a realização do “revogaço” das medidas do governo Bolsonaro que atacam servidoras e servidores e os serviços públicos. Até mesmo a Reforma Administrativa (PEC 32), repudiada publicamente, não foi retirada de tramitação do Congresso Nacional.

Também não houve avanço nas negociações sobre reestruturação da carreira docente. Na última mesa temporária sobre carreira, em 22 de fevereiro, os representantes governamentais demonstraram total despreparo ao confundir o assunto da reunião e retomar a proposta de 9% de reajuste salarial. Além disso, o Ministério da Educação segue ignorando as solicitações do ANDES-SN para tratar das reivindicações sem impacto orçamentário, bem como os pedidos de reunião com o ministro Camilo Santana.

Soma-se a esse cenário a precarização das condições de trabalho e o subfinanciamento das universidades federais, institutos federais e Cefets. De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 100% das universidades federais receberam, entre 2010 e 2022, valores inferiores ao necessário para manter o patamar de despesas por matrículas.

Chamada: O 42º Congresso do ANDES-SN aprovou, por unanimidade, a construção da greve no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal.