O 39º Congresso do ANDES-SN, que acontecerá de 4 a 8 de fevereiro em São Paulo (SP), terá como tema central “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita”. O evento, instância máxima de deliberação do Sindicato Nacional, será realizado na Universidade de São Paulo.
Durante os cinco dias, estão previstos debates sobre o atual cenário político e os ataques promovidos pelos governos federal e estaduais às Instituições Federais de Ensino e à classe trabalhadora, em especial à categoria docente. Os presentes terão a tarefa de avaliar a conjuntura nacional e a internacional, atentando às lutas na América Latina, e traçar direcionamentos para os enfrentamentos que o movimento docente deverá fazer em 2020.
“O 39º Congresso vai se realizar em um momento que exige de nossa categoria um passo a frente na mobilização. Temos o desafio de fazer desse congresso um momento de preparar as lutas de 2020, não apenas para resistir aos ataques do governo federal e dos governos estaduais, mas, sobretudo, para avançarmos em nossa luta e na pauta em defesa das instituições públicas de ensino, da carreira docente e dos serviços públicos”, antecipa a secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage.
Conforme deliberação do 64º Conad, o encontro terá como pauta os seguintes temas: Conjuntura e Movimento Docente; Planos de Lutas dos Setores; Plano Geral de Lutas; e Questões Organizativas e Financeiras. Além disso, no Tema I não haverá Texto Resolução (TR) sobre a centralidade da luta. Como recomendação, os textos de apoio e de resolução são oriundos de assembleias de base, da Diretoria Nacional e das diretorias das seções sindicais, ou assinados por pelo menos cinco sindicalizados.
De acordo com Michele Schultz Ramos, 1ª vice-presidente da Adusp e membro da comissão organizadora, os principais tópicos debatidos dizem muito a respeito da manutenção das universidades públicas, gratuitas e de qualidade. “Se considerarmos as políticas instituídas recentemente, a defesa irrestrita das universidades será o ponto comum nas várias discussões que teremos durantes o congresso”, analisa.
Outro ponto que vai permear os debates será o combate ao obscurantismo, primando pela produção do conhecimento, liberdade de cátedra e liberdade de ensinar e aprender. “A garantia de direitos fundamentais e a construção de uma unidade de luta também são pontos importantes que vamos buscar nesse congresso”, acrescenta a docente, lembrando que São Paulo costuma ser palco de grandes manifestações. “A própria USP é um local de resistência, principalmente quando pensamos no contexto de redemocratização do país, de enfrentamento à ditadura. Acreditamos que será um momento bastante importante pelo volume de coisas que acontecem aqui.”
Além dos debates e de encaminhamentos para o próximo período do Sindicato Nacional, serão apresentadas as chapas do processo eleitoral para a escolha da diretoria da entidade para o biênio 2020-2022. As eleições do ANDES-SN ocorrerão em maio.
Delegação do ANDES/UFRGS terá três docentes
Em Assembleia Geral realizada no dia 07 de janeiro, o ANDES/UFRGS elegeu a delegação a ser enviada para o encontro. Foram escolhidos os docentes Rúbia Vogt, presidente da Seção, como delegada de Diretoria, e Rafael Kruter Flores e Rafael Cortes como delegados de base.
“Acreditamos nesse investimento de irmos em três delegados porque demonstra nosso crescimento em apropriação política dos temas em debate e em inserção no Sindicato Nacional. Sendo a maior instância decisória, vale a pena contribuir da melhor forma possível”, analisa Rúbia, que é professora do Colégio de Aplicação.
Leia aqui o Caderno de Textos do 39º Congresso do ANDES-SN, e aqui o Anexo ao Caderno de Textos.