O dia 19 de julho de 2024 é um dia histórico para a UFRGS! A paridade foi efetivada! A democracia venceu!
O ANDES/UFRGS tem orgulho de ter, mais do que participado, contribuído efetivamente para a consulta à comunidade acadêmica sobre a nova reitoria da universidade em termos mais democráticos. Todas e todos nós fomos representadas na Comissão de Consulta Independente (CCI) pela professora Regina Xavier (IFCH) e pelo professor João Henrique Kanan (ICBS), a quem agradecemos pelo trabalho diligente e cauteloso. Seus nomes entraram para a história da UFRGS.
A diretoria do ANDES/UFRGS acompanhou ativamente o processo e, quando preciso, contou com o apoio de nossa assessoria jurídica, o escritório RCSM. Por diversas vezes, ao longo do processo de consulta, foi preciso agir para garantir a ética, transparência e legitimidade do pleito. Em conjunto com as outras entidades representativas da comunidade universitária, o ANDES/UFRGS garantiu na justiça que a estrutura da UFRGS cedesse meios para o pleito acontecer e obteve parecer favorável à paridade pelo Ministério Público Federal (MPF).
Face ao impedimento da CCI divulgar o resultado paritário da consulta, também em acordo com o DCE, a APG e a Assufrgs, o ANDES/UFRGS divulgou o cálculo paritário dos votos apurados, que deu vitória para a Chapa 3, Márcia Barbosa e Pedro Costa. Nessa ocasião, fomos surpreendidos com a traição da Adufrgs, em relação aos acordos coletivos que havíamos estabelecido, negando-se a assumir o cálculo paritário e a sua divulgação pelas entidades. A traição expressa não apenas a discordância com o processo paritário, desejo da comunidade assegurado na Resolução 291 de 24 de novembro de 2023, do Consun/UFRGS, mas o desrespeito às próprias regras do Consun. Felizmente, no dia 17 de julho, frente às denúncias da traição e a um abaixo-assinado de seus filiados, retrocederam timidamente, declarando a chapa 3 vencedora em uma nota que não menciona a palavra ‘paridade’. No dia de hoje, não se notaram a van, ou bandeiras, nem camisetas ou sequer adesivos da Adufrgs no grande ato que aconteceu no campus Centro. Esse posicionamento elucida o pouco compromisso daquela entidade com a autonomia da universidade pública e com os processos democráticos de nossa comunidade acadêmica.
A luta pelo avanço do processo democrático na UFRGS não se encerra com a votação do Consun de hoje, que formou a lista tríplice para indicação do Presidente Lula. Cabe ao interventor bolsonarista Bulhões encaminhar a documentação do processo de escolha ao MEC. Há, ainda, uma ação judicial movida pelo Pró-reitor interventor de inovação em tramitação, na qual docentes sindicalizados são citados.
Parabenizamos cada estudante, técnica(o) administrativa(o) em educação e cada docente por assumir e defender a paridade e a democracia como princípios estruturantes da nossa universidade.
Por fim, reforçamos o compromisso do ANDES-SN com o fim da lista tríplice, entulho autoritário herdado da ditatura empresarial-militar, para um processo que inicie e se encerre na universidade.