A comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) assiste, com crescente indignação, à manutenção de um convênio com a empresa israelense AEL/Elbit Systems. A empresa é acusada de fornecer tecnologias militares usadas na ocupação ilegal da Palestina e em ataques contra a população civil, configurando possíveis crimes de guerra. Diversas organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, já denunciaram as práticas da Elbit, que lucra com a violação sistemática dos direitos humanos do povo palestino.
A permanência deste convênio coloca a UFRGS em uma posição moralmente indefensável. Ignorando os apelos da comunidade acadêmica e da sociedade civil, a reitoria interventora fecha os olhos para a corresponsabilidade da universidade com as violações perpetradas pela AEL/Elbit. A passividade da gestão demonstra um descaso preocupante com os princípios éticos e humanitários que deveriam nortear uma instituição pública de ensino e pesquisa.
Diante da inércia da atual administração central, a atenção se volta para a próxima reitoria. A comunidade acadêmica e a sociedade gaúcha exigem um compromisso claro com a ruptura imediata do convênio com a AEL/Elbit. A próxima administração central precisa assumir a responsabilidade de garantir que a UFRGS não seja cúmplice de violações de direitos humanos e crimes de guerra. O clamor por justiça e a defesa do povo palestino devem ecoar nos corredores da universidade.
É fundamental fortalecer a mobilização em prol da Palestina dentro e fora da universidade.
No Rio Grande do Sul, o Fórum de Apoio à Palestina realiza diversas atividades para ampliar a conscientização sobre a causa palestina e mobilizar a sociedade gaúcha.
A Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS, convida a todos a assinarem um manifesto em apoio ao Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, disponível clicando AQUI .
A adesão a este manifesto é um passo importante na construção de um movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) forte e coeso no Brasil, capaz de pressionar pela suspensão do apoio a empresas como a AEL/Elbit e pela garantia dos direitos do povo palestino.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil