A quarta-feira, 16 de março, foi mais um Dia Nacional de Mobilização, paralisações e manifestações em defesa dos serviços públicos. Em Porto Alegre, a agenda contou com ato simbólico em frente à sede do Banco Central, caminhada até o Palácio Piratini, Plenária Universitária e presença na ocupação dos estudantes indígenas da UFRGS.
O ANDES/UFRGS esteve presente em toda a manifestação, juntamente com representantes do SindoIF, da Sesunipampa, da Assufrgs, do Sintrajufe/RS e de outras entidades do funcionalismo que integram a campanha salarial.
O objetivo da mobilização foi pressionar o governo Federal a negociar com os servidores, que reivindicam a derrubada da PEC 32 (Reforma Administrativa), a revogação da EC 95 (Teto dos Gastos) e o reajuste emergencial de 19,99%, referente à inflação acumulada durante o governo Bolsonaro, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA/IBGE).
“É o mínimo para que possamos enfrentar a inflação que esse governo estabeleceu no Brasil. Inflação que causa desemprego, fome e miséria”, ressaltou o 1º Vice-Presidente do ANDES-SN, Milton Pinheiros, durante ato em Brasília.
Representantes das seções sindicais e demais entidades permanecerão em vigília em frente ao Ministério da Economia até 23 de março, quando, caso não haja diálogo por parte do Planalto, será deflagrada a greve geral dos servidores.
Manifestações em Porto Alegre
Acompanhados com um carro de som, servidoras e servidores denunciaram o sucateamento dos serviços públicos, o levante dos preços e a ausência de reposição salarial.
Em frente ao Piratini, também criticaram as políticas de privatização do governador Eduardo Leite. “Ele prometeu que não ia privatizar a Corsan, que não privatizaria a CEEE, e fez, olha o preço atual da luz! Olhem quantos bairros estão sem luz, a privatização precarizou os serviços que antes eram públicos!”, denunciou Magali Mendes, presidenta do ANDES/UFRGS.
O dia de luta contou, ainda, com uma aula pública em frente ao prédio do Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE) em apoio ao Movimento em Defesa do IE, que reivindica a retomada das obras e a manutenção do local 100% para a escola pública. Veja aqui depoimento da professora Beatriz Gil, diretora do ANDES/UFRGS, em solidariedade à campanha.
Audiência Pública
Na terça-feira (15), o ANDES-SN marcou presença em audiência pública da Câmara dos Deputados sobre o reajuste emergencial do serviço público.
“Quando falamos de recomposição salarial para as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, estamos falando da valorização do serviço prestado para quem mais precisa, da população que necessita da educação, da segurança, da assistência social, de todos aqueles e aquelas que, nesse momento, estão com as suas vidas ainda mais precarizadas, diante do ataque e da destruição que está acontecendo no Brasil”, disse a 2ª secretária do ANDES-SN, Fran Rebelatto.
“Nas universidades, nos Institutos Federais e Cefets, estamos lutando pelo reajuste emergencial, mas também denunciando os cortes orçamentários que estão acontecendo nas Universidades, impedindo que possamos voltar com condições dignas de trabalho, ensino e aprendizado. Assim como nós, os estudantes estão com muitas dificuldades de se manter nos espaços, que são importantes para construção da emancipação de cada um”, acrescentou a docente.
Espaço Plural
Na véspera do Dia de Mobilização, representantes do ANDES/UFRGS, Adufpel e Sinasefe participaram de debate no Espaço Plural, da Rede Soberania, para tratar da Campanha Unificada. Pedro de Almeida Costa, professor na escola de administração da UFRGS, doutor em administração e representante docente no Conselho Universitário, representou o ANDES/UFRGS, destacando a luta contra a PEC 32 e contra as intervenções do governo Bolsonaro nas universidades.
Assista aqui.