14 de agosto de 2019
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), juntamente com outras 65 entidades científicas e acadêmicas, lançou nesta terça-feira (13) uma petição em defesa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq).
O abaixo-assinado, on-line, alerta para a situação crítica em que se encontra a entidade, em risco iminente de cortar o financiamento das bolsas de estudos de mais de 80 mil pesquisadores em todo o País e no exterior. Segundo o texto, o governo precisa urgentemente recompor o orçamento do CNPq aprovado para 2019, com um aporte suplementar de recursos da ordem de R$ 330 milhões para que a agência possa cumprir seus compromissos deste ano. A petição conclama as instâncias decisórias do Executivo e do Legislativo Federal a reverterem imediatamente este quadro crítico de desmonte e a colocarem no Orçamento de 2020 os recursos necessários ao funcionamento pleno do órgão.
Criado em 1951, o CNPq tem sido um vetor fundamental para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e, também, para a economia nacional. “O impacto positivo da pesquisa científica brasileira, nos diversos campos da atividade econômica e nas políticas públicas, é evidenciado por inúmeros casos de sucesso, como na saúde pública (por exemplo, a prevenção e controle do Zika), no enorme crescimento na produção de grãos, em particular a soja, em inúmeras inovações que melhoram a qualidade de vida dos brasileiros e na descoberta e exploração do Pré-Sal. A nação não pode perder este patrimônio construído ao longo de décadas pelo esforço conjunto de cientistas e da sociedade brasileira”, alertam as entidades.
Ainda conforme o texto, já se observa uma expressiva evasão de estudantes, o sucateamento e o esvaziamento de laboratórios de pesquisa, uma procura menor pelos cursos de pós-graduação e a perda de talentos para o exterior em função dos drásticos cortes orçamentários para a Ciência, Tecnologia e Inovação. “Este quadro se acelerará dramaticamente com a suspensão do pagamento das bolsas do CNPq.”
A petição online está disponível neste link.
Leia a íntegra do documento aqui.