Sábado (29) é dia de ir às ruas pelo Fora Bolsonaro e Mourão

 

Neste sábado (29), a população de todo o Brasil sairá às ruas para o Dia Nacional de Mobilização pelo Fora Bolsonaro e Mourão. “Queremos Vacina, Pão, saúde e educação!” é o foco das manifestações, que estão sendo organizadas com os devidos cuidados para prevenir a contaminação pela Covid-19.

Em Porto Alegre, um ato unificado será realizado às 15h, em frente à Prefeitura. A partir das 13h, haverá concentração na Faculdade de Educação da UFRGS (Faced), de onde docentes, estudantes e técnicos(as) partirão em caminhada até o centro da cidade.

Haverá, ainda, manifestações em outros países, como Uruguai, Espanha, Portugal, França e Estados Unidos.

“É importante irmos para as ruas dizer não ao governo Bolsonaro, pois a cada dia, nesse governo, são milhares de mortes. Portanto, o dia 29 é fora todo esse descaso, toda essa política de morte. É contra a privatização, é contra os ataques aos direitos que suamos para conquistar”, convoca Rivânia Moura, presidenta do Sindicato Nacional.

Governo mata mais que o vírus

O governo federal tem sido apontado como o principal responsável pela extensão e agravamento da pandemia no Brasil – que já passa de 450 mil mortes confirmadas pelo novo coronavírus –, pelo aprofundamento do desemprego e da fome.

Além do impeachment, a manifestação reivindica vacinação imediata para toda a população e auxílio emergencial de pelo menos R$ 600 mensais. Também denuncia os cortes orçamentários na Educação, a reforma Administrativa e as privatizações.

A data é organizada por centrais sindicais, movimentos sociais, sindicatos, entidades de trabalhadores e trabalhadoras da Educação, estudantes, entre outros. O ANDES-SN convoca todos e todas a se juntarem à mobilização, respeitando as orientações sanitárias de distanciamento social, o uso da máscara adequada (PFF2/N95), e de álcool em gel.

“Sabemos que há riscos, pois a pandemia ainda está matando milhares, mas esse governo está matando mais que o vírus. Além de ter como projeto a recusa no combate eficaz à Covid-19, deixa à população à míngua, em situação de desemprego, fome e miséria. Conclamamos todas e todos que sentirem segurança, não forem grupo de risco e não estiverem com sintomas”, reforça Rivânia, lembrando que é essencial “intensificar a mobilização nas ruas, lugar onde a gente aprendeu e sabe fazer luta”.

Confira aqui a programação em outras cidades brasileiras neste 29M.

Vacina no braço, comida no prato

Na quarta-feira (26), CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CGTB, CONTAG, MST e Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo organizaram o ato “26M em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia, por vacina no braço e comida no prato” com ações centralizadas em Brasília e em algumas regiões do país.

A mobilização ocorreu em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, na parte da manhã, com as presenças e falas dos presidentes nacionais das centrais sindicais e das lideranças dos movimentos sociais, além de parlamentares.

Apesar da manifestação ter sido presencial, não houve aglomeração e ocorreu sob todos os protocolos sanitários para evitar contágio e propagação do coronavírus, em respeito à vida, à ciência e às famílias de quase meio milhão de pessoas que morreram de Covid-19 e em consequência do negacionismo e descaso do governo federal.

Ao final do ato, foram doados alimentos cultivados sem agrotóxicos, por agricultores familiares em áreas da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares) e assentamentos do MST.

Foram mais de 600 cestas com, ao mínimo, 16 itens colhidos na véspera (terça-feira, 25) do ato e transportados em quatro caminhões até a frente do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios, onde foram expostos simbolicamente no gramado, em forma de 600 (o valor exigido para o auxílio emergencial). Serão doados a 600 catadores de material reciclável da Centcoop, cooperativa na periferia do Distrito Federal, trabalhadores atingidos pela falta de emprego e redução do auxílio emergencial.