Representantes da comunidade repudiam extinção arbitrária do Comitê Covid-19 na UFRGS

Representantes de entidades da comunidade universitária da UFRGS que integravam o Comitê Covid, divulgaram nesta terça-feira (21) nota de repúdio pela sua extinção e substituição arbitrária por uma Comissão de Acompanhamento, através da Portaria Nº 3374 de 15/06/2022.

“No momento em que o Comitê se faz mais necessário devido ao retorno pleno às atividades presenciais e ao aumento dos casos de contágio na pandemia, a administração da Reitoria decide, sem qualquer avaliação em conjunto com os membros do Comitê, por sua extinção”, denunciam os autores do documento: Bruno Veber (APG), Dário Frederico Pasche (ADUFRGS), Glória Tavares (ASSUFRGS), Maria Ceci Misoczky (ANDES/UFRGS), Pablo Pitol Silveira (DCE UFRGS) e Rui Muniz (CONSSAT).

De acordo com os representantes das entidades no Comitê, a mudança traz prejuízos de muitas ordens, sobretudo pelo fato da Comissão não ser plural, nem representativa da Comunidade.  Nesse cenário, “é necessário manter a ação dos Comitês Locais e das COSATs, que nesse momento assumem papel estratégico para a garantia das condições necessárias para a defesa da vida”, alertam os autores do documento.

“Os representantes das entidades esperavam uma reunião de avaliação da primeira semana de retorno pleno das aulas e, em vez disso, fomos surpreendidos com a notícia de que havíamos sido extintos”, relata a representante do ANDES/UFRGS no Comitê Covid, Maria Ceci Misoczky. Acrescenta, ainda, que “a surpresa se refere ao ato em si, mas não à prática, já que ela expressa um método já conhecido e que se repete desde o início da intervenção”.

ANDES/UFRGS critica negacionismo da Reitoria interventora

O ANDES/UFRGS, que desde o início da pandemia luta em defesa da vida e de condições adequadas para a retomada da presencialidade nas IFEs, também se manifestou, em nota, contra o autoritarismo e o negacionismo da Administração Central.

“A substituição do Comitê por uma Comissão de Acompanhamento traz evidentes prejuízos, sobretudo porque elimina posições divergentes que eram sustentadas pelas entidades representativas da comunidade da UFRGS que foram, agora, excluídas”, critica a Seção Sindical, que repudia a extinção do Comitê e segue, em conjunto com as entidades e com a comunidade universitária, na luta por condições de trabalho e de ensino-aprendizagem seguras, em defesa da vida e da educação pública.