27 de maio de 2019
Reitores de diversas universidades e institutos federais do Rio Grande do Sul e Uergs estiveram em Brasília no dia 22 de maio para encontro com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado Federal, Davi Alcolumbre. Eles acompanharam uma missão oficial da Assembleia Legislativa, que embarcou ao Distrito Federal para reivindicar o fim dos cortes de 30% aplicados pelo governo federal. Apesar da solicitação de agenda dos parlamentares, o grupo não foi recebido pelo Executivo.
Com Rodrigo Maia, os reitores falaram também sobre destinar para a educação as verbas da Petrobras. O presidente da Câmara afirmou que o governo criou uma crise desnecessária ao ideologizar o contingenciamento de orçamento, e que tem se reunido de forma permanente com a equipe econômica para tentar reverter o problema. Com Alcolumbre, que sinalizou apoio à causa, foi abordada a necessidade de ampliação dos recursos orçamentários para a Educação.
Preocupados com os efeitos da tesourada, os representantes acadêmicos pediram abertura para dialogar com o ministro da Educação. Eles antecipam que, se não houver o desbloqueio, muitas instituições poderão fechar as portas já no próximo semestre, sem conseguirem arcar com os custos de sua manutenção.
Participaram os reitores Rui Oppermann, da UFRGS, Jaime Giolo, da UFFS, Paulo Burmann, da UFSM, Cleuza Maria Dias, da FURG, Lucia Pellanda, da UFCSPA, Marco Antônio Fontoura, da Unipampa, Leonardo Alvim da Silva, da Uergs, Flávio Nunes, do IFSUL, Carla Comerlato Jardim, do Ifar, e Júlio Xandro Heck, do IFRS.
“Estamos aqui, todos os institutos e universidades federais do RS, unidos e imbuídos do espírito de defesa da educação superior pública, que está sob ataque muito severo. Estamos assustados, pelas reiteradas vezes em que o ministro da Educação nos comunica, em resposta aos nossos pleitos, que devemos pedir aos deputados para marcarem audiência, que ele nos recebe junto com os deputados”, relatou o reitor da UFRGS. “Estamos acostumados com contingenciamento, mas não com esta intermediação de balcão através dos deputados”, continuou Oppermann, apelando ao presidente da Câmara, para defender a reabertura do diálogo direto entre MEC e Andifes.