Cerca de 2,9 milhões de livros didáticos desatualizados e nunca distribuídos a estudantes dos ensinos fundamental e médio devem ser descartados pelo MEC. A informação é do jornal O Estado de São Paulo. De acordo com a publicação, os exemplares teriam sido comprados em gestões anteriores, ao custo de R$20 milhões.
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), por meio da sua área de logística e distribuição, já começou o descarte do material. De acordo com um documento obtido pelo Estadão, o total de exemplares estocado não é nem mesmo conhecido pelo órgão, por isso, indica a necessidade de se montar uma comissão para levantar o número de livros e sua “validade”.
O processo para destruição dos livros chamados de “inservíveis” pelo MEC iniciou em 2019, quando a área responsável pela logística do FNDE apontou a necessidade de reduzir o estoque armazenado em galpão alugado dos Correios na cidade de Cajamar, SP. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o estoque é composto por livros adquiridos via Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), especialmente exemplares que compõem a reserva de emergência e livros devolvidos por escolas quando chegam muito tempo após o início do ano letivo.
Ministro se pronuncia
No sábado (10), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou suas redes sociais para comentar a notícia. Ele disse que os livros didáticos custam quase R$ 2 bilhões por ano e 165 milhões deles são distribuídos anualmente. Além disso, garantiu que “os novos livros do governo não vão ‘ter ideologia’”. “É pra ensinar a ler, a escrever, ciência, matemática. Não é para doutrinar. Isso é coisa do passado”, afirmou no vídeo.