Professores universitários da Argentina fazem greve de 48 horas a partir de quinta-feira (15)

Professores universitários da Argentina farão nova paralisação nacional de 48 horas a partir desta quinta-feira (15) em protesto contra a defasagem salarial. A greve inclui atividades presenciais e virtuais.

Estudantes e apoiadores devem se juntar à mobilização, que teve início nos dias 6 e 7 e, segundo informações da Conadu Historica, que coordena o movimento, registrou grande adesão.

“A Federação reitera seus pedidos de convocação imediata à Tabela Nacional de Negociação Salarial, sem exclusões, além de um reajuste que compense a perda por conta da inflação e supere as projeções para o período atual. Além disso, exige que uma remuneração mensal seja incorporada como compensação pelas despesas derivadas da virtualidade, que até agora são pagas por cada professor em quase todas as universidades desde o início da pandemia”, informa.

Além disso, a Federação – que, em setembro de 2020, participou do 1º Congresso Mundial de Educação,  junto com ANDES-SN e outras representações sindicais – reitera rejeição à proposta do governo federal, classificada como insuficiente por somar reajuste de 33%, enquanto a inflação projetada excederá 48%. “Isso significa agregar uma nova perda salarial ao existente até o momento, que ultrapassa os 20%”, afirmou o sindicato em nota à imprensa.

Ataques

A Conadu Historica denuncia ter sido excluída da negociação salarial, sendo a única entidade sindical não convidada para reunião oficial com o governo, realizada no mesmo dia da primeira paralisação. “O Governo não nos convocou porque estamos fortes na luta pela recomposição salarial. O Ministério fixou propositadamente a data para coincidir com a nossa greve para ter uma desculpa e não nos convocar”, afirmou Claudia Baigorria, secretária adjunta da Conadu Historica, ao jornal local Pagina 12.