Em todo o País, 56 institutos federais e universidades estão paralisados
Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) paralisam as atividades nesta terça-feira e decidirão, à tarde, se entram em greve. Pela manhã, serão realizadas reuniões de mobilização nas unidades e às 16h haverá assembleia geral da categoria na sala 101 da Faculdade de Educação, no Centro de Porto Alegre. No encontro, os professores vão avaliar se aderem ao movimento nacional. Em todo o País, 56 institutos federais e universidades estão paralisados. No Estado, já estão em greve a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo a vice-presidente regional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Laura Fonseca, a categoria pede a revisão do plano de carreira e melhores remunerações. Ela explicou que os salários estão defasados e a reivindicação é pelo piso, no regime de 20 horas, de R$ 2.329,35. O plano proposto pela entidade prevê a carreira dividida em 13 níveis, com variação de 5% a cada nível. Os professores pedem a recomposição emergencial de salário de 22,8%. Laura ressaltou que a mobilização está grande, impulsionada ainda pela greve dos servidores técnico-administrativos, que paralisaram as atividades desde a semana passada. “A verdade é que as condições de trabalho para todos estão ruins. Houve a expansão no número de alunos, mas sem o mesmo respaldo para os professores e técnicos”, explicou. Com a greve dos servidores, alguns serviços não estão funcionando na integralidade, como nas secretarias das faculdades, bibliotecas e laboratórios. “Apoiamos essa mobilização porque ela reflete o descaso com o ensino superior”, disse. Trabalhadores do Colégio Militar estudam adesão O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) instalou nesta segunda-feira o Comando Nacional de Greve (CNG) e realizou assembleias em várias cidades para reivindicar aumento salarial. A direção da entidade informou que a interrupção no trabalho será deflagrada de acordo com a decisão de cada Estado, por tempo indeterminado. No Rio Grande do Sul, a categoria fará uma reunião na tarde desta terça-feira para decidir os rumos dos movimento. “Nós ainda não definimos como será a nossa participação”, explicou a presidente da Associação dos Professores e Funcionários Civis do Colégio Militar de Porto Alegre (Aprofcmpa/RS), Silvana Schuller Pineda. Ela esteve durante todo o final de semana em um encontro da classe em Brasília. Na capital federal, foram discutidas medidas que serão adotadas durante a greve. A orientação é para que as seções organizem movimentos em suas bases para fortalecer a negociação com o governo e dar maior visibilidade à greve. “A situação de colégios militares é diferente e só vamos decidir isso em assembleia”, explicou. No sábado, representantes do Sinasefe estiveram com o comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e marcaram para amanhã um ato público em frente ao Ministério do Planejamento. Servidores do Colégio Militar de Porto Alegre pararam as atividades e fizeram manifestação na semana passada. Eles pedem que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado para a educação. Outra reivindicação é a reestruturação do plano de carreira, além de aumento emergencial de 20,5% nos salários. Com informações de Luciamen Winck e Karina Reif Fonte: Correio do Povo 18.06.2012 |