O Movimento Parent in Science, criado para promover pautas associadas à parentalidade na academia, está entre os finalistas do Prêmio Nature – Mulheres Inspiradoras na Ciência. O grupo, fundado em 2016 pela pesquisadora da UFRGS Fernanda Staniscuaski, é o único representante da América Latina na categoria de organizações.

A divulgação dos finalistas foi realizada na terça-feira (14) pela editora científica Nature, e o resultado do Prêmio, promovido em parceria com a The Estée Lauder Companies, será divulgado em outubro. “Ser finalista deste prêmio, independentemente do resultado, nos dá força para continuarmos lutando pela inclusão das mães na vida acadêmica e, principalmente, para que possamos ampliar as batalhas por uma ciência mais diversa e inclusiva”, analisa a professora Adriana Neumann, do Instituto de Matemática e Estatística, que integra o movimento.

Sobre o Parent in Science

O Parent in Science foi criado para apoiar as mães que enfrentam barreiras na ciência e para promover mudanças institucionais para que elas não precisem escolher entre a maternidade e a carreira. Originalmente formado por sete integrantes, hoje soma 90 mães e pais cientistas, de 53 diferentes instituições brasileiras.

Entre as conquistas do Movimento, está a inclusão, desde abril de 2021, do campo licença-maternidade no Currículo Lattes – alteração que viabilizou um algoritmo para adaptação de pontuações e prazos.

“Mulheres que se tornaram mães acabam com lacunas em seus currículos, tendo sua competitividade prejudicada por um período longo, impactando sua ascensão na carreira e até mesmo provocando sua evasão da ciência”, explicou o coletivo. Chamada “Licenças”, a nova seção do Lattes é de preenchimento opcional.