Desde o dia 10 de março deste ano, quando estudantes realizaram uma importante manifestação em defesa da moradia estudantil, as sessões do Conselho Universitário vêm sendo realizadas com a presença exclusiva de conselheiros e eventuais convidados da Presidência. A decisão arbitrária do reitor interventor de fechar as portas do Consun, além de contrariar os princípios basilares da democracia, afronta o Artigo 7. do Regimento da Universidade, que determina a realização de reuniões abertas à comunidade salvo quando, pela natureza da pauta, o CONSUN deliberar em contrário.

Nesta sexta-feira, 2 de junho, estudantes cotistas mobilizados contra um desligamento arbitrário e massivo, noticiado no início de maio, foram mais uma vez impedidos de adentrar a sala de reuniões do Conselho pela vice-reitora, que alegou dar cumprimento a determinações do reitor.

A Seção Sindical do Andes-SN na UFRGS manifesta-se em solidariedade aos 160 estudantes cotistas que tiveram sua matrícula indeferida após uma análise precária das condições para ocupação da vaga e depois de terem cursado mais de dois semestres dos cursos de graduação. Manifesta-se também em solidariedade aos manifestantes e aos representantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) que foram arbitrariamente impedidos de adentrar a sala dos Conselhos da UFRGS.

Parabenizamos as e os conselheiros que, no exercício das suas atribuições, exigiram o cumprimento do Regimento da Universidade e, após a reiteração da proibição, deixaram a sessão em protesto às arbitrariedades.

Este episódio, incompatível com a democracia e a vida universitária, indica a urgência da destituição dos interventores pelo Conselho Universitário, instância máxima da UFRGS.

Porto Alegre, 2 de junho de 2023

Diretoria da Seção Sindical do Andes-SN na UFRGS