Nota da ASSUFRGS à Comunidade Universitária – 31.05.2012

Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem*

 

 À Comunidade Universitária,

No dia de ontem (30/05), dia Nacional de Luta, de acordo com o calendário de nossa federação – Fasubra, realizamos um fechamento do Campus Central da Ufrgs. Nosso objetivo era protestar devido aos seguintes motivos:

• Hoje temos o menor piso(R$ 1.034,00) e menor teto do funcionalismo federal;

• Nossa categoria está desde 2007 tentando negociar, inicialmente com o governo Lula e, mais recentemente, com o governo Dilma, sem nenhum retorno;

• Já ultrapassamos 50 reuniões com os representantes do governo federal e até o momento não foi apresentada nenhuma contraproposta;

• Ao contrário, o governo segue nos atacando. Neste mês, nós técnico-administrativos tivemos redução de valores em nossos contracheques referente à MP 568/2012, que atinge uma parcela da categoria que terão até 50 % de seus salários reduzidos, ao serem transformados em VPNI. A mesma medida atacou os adicionais de periculosidade e insalubridade de técnicos e de nossos colegas professores;

Portanto, foi com enorme surpresa que recebemos a Nota de Repúdio da Adufrgs atacando o movimento dos técnicos. Diante dela declaramos:

• Com esta nota, a Adufrgs tenta apagar sua tradição e passado de lutas. Esquecem seus atuais dirigentes que foram as poderosas greves de professores, que fechavam prédios, “cerceando o direito de ir e vir”, que “deixavam os estudantes sem aulas”, mas que, com estes atos, deram as melhores lições de democracia para a nossa geração;

• Nós da ASSUFRGS realizamos uma atividade pacífica, respeitosa e que as provocações e ofensas morais não partiram em nenhum momento de nossos manifestantes;

• Por último, protestamos contra o desrespeito ao nosso direito de escolher democraticamente o reitor de nossa universidade. Contra o famigerado peso desproporcional de 15% para os técnicos, 15% para discentes e 70% para docentes. Isto sim, consideramos, uma afronta conservadora e antidemocrática contra nós técnico-administrativos e estudantes. O mesmo ocorrendo dentro dos espaços políticos decisórios da UFRGS, como por exemplo, o CONSUN.

A nota apresentada pela ADUFRGS esquece QUE SOMOS COLEGAS DE TRABALHO, TRABALHADORES DA MESMA INSTITUIÇÃO! Porém, o que tem predominado nesta universidade é um conservadorismo condenável por não haver no mínimo a solidariedade pela luta de trabalhadores que constroem, defendem e mantém um trabalho digno que elevam a UFRGS como uma grande instituição.