Nossa entidade é a expressão da organização do movimento docente na UFRGS e no país. São quatro décadas de luta em defesa da universidade pública e da carreira docente, retomada após os anos de chumbo, quando professores foram expurgados e perseguidos por se oporem à ditadura militar.
Essa história tem início em 1978, com a criação da Associação de Docentes da UFRGS (ADUFRGS). Naquele tempo, os servidores públicos estavam impedidos de constituir sindicatos. Em 1981, com docentes de todo país, participamos da criação da Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior (ANDES).
Com greves e mobilizações conquistamos uma carreira baseada no ingresso por concurso público, valorização da pesquisa e da extensão, e progressão mediante avaliação por pares. Essa conquista foi decisiva para a pluralidade, a qualidade de ensino e a expansão da pós-graduação.
Em 1988, junto com ASSUFRGS e DCE, a ADUFRGS organizou a primeira eleição para reitor da UFRGS.
Em novembro daquele ano, após a promulgação da atual Constituição Federal, o ANDES-SN constituiu-se em Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior. Em 1991, por decisão unânime dos associados, a ADUFRGS tornou-se Seção Sindical do ANDES-SN.
Em 2008, contrariando a maioria presente em assembleia, a entidade local foi desvinculada do ANDES-SN e, em 2009, foi aprovada a reorganização da seção sindical do ANDES-SN na UFRGS. Em 2010, o Congresso do ANDES-SN reconheceu a entidade como seção sindical, nomeada como Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS.
Com democracia, solidariedade e independência em relação a governos, partidos e administrações, o movimento docente resistiu, ao longo do tempo, a ataques de todo tipo, lutando pelas condições de trabalho, pela carreira e pela universidade. Participamos da conquista das ações afirmativas, implementadas desde 2007. Em tempos de autoritarismo, junto com estudantes, servidores técnico-administrativos e movimentos sociais, enfrentamos as intervenções, em prol da liberdade de ensinar e da autonomia universitária.
Estamos com os movimentos sociais na luta pelos direitos, pela educação pública e pela construção de uma universidade engajada na produção de conhecimento para o interesse público e a soberania do país.