Mobilizados contra a reforma do IPE Saúde, estaduais seguirão reivindicando reposição salarial

Seguindo a mobilização contra o projeto de reestruturação do IPE Saúde (PLC 259), educadores e servidores estaduais realizaram diversos protestos na terça-feira (20) para evitar a aprovação da proposta do governador Eduardo Leite (PSDB).

Conforme estimativa do Cpers Sindicato, cerca de 5 mil pessoas lotaram a Praça da Matriz, em uma demonstração massiva de resistência e indignação. A entrada da Assembleia Legislativa foi bloqueada, mas liberada pelo Batalhão de Operações Especiais (BOE), que escoltou os deputados para que a votação ocorresse em regime de urgência.

Essa mobilização é resultado das plenárias realizadas em todo o Rio Grande do Sul, que evidenciaram o caráter desumano do projeto apresentado pelo governo. O chamado para a participação de todos(as) no ato foi incisivo e unificador, buscando transmitir a urgência de se opor a essa proposta prejudicial”, expressa a entidade em seu site.

Durante toda a manhã, houve tentativa de diálogo com os parlamentares para apresentar sugestão de acordo elaborada pelo Cpers e pela Frente dos Servidores Públicos (FSP). No entanto, o projeto acabou sendo aprovado à noite, durante sessão extraordinária, por 36 votos favoráveis e 16 contrários.

Acompanhe como cada deputado votou. Foto: Cpers

As novas alíquotas devem valer a partir de 1º de outubro. Para titulares (ativos, inativos e pensionistas), passam de 3,1% para 3,6%, sobre o salário, retornando ao percentual aplicado até 2004.

Inimigo nº1 dos servidores

Diante da falta de diálogo com as categorias e da insistência na votação do projeto, o Cpers e a FSP organizaram uma Assembleia Geral Unificada, em frente ao Palácio Piratini, na qual Eduardo Leite foi declarado “inimigo nº1 dos trabalhadores(as) gaúchos, dos serviços e da educação pública”.

A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schurer destacou que os servidores seguirão reivindicando reposição salarial. “Não podemos aceitar passivamente que o governo tire mais 12% do nosso salário. Nós temos na nossa categoria, quem pega o seu contracheque de 2014 ganhava mais do que hoje, então não é possível aceitar isso, a única proposta é resistir e manter o movimento forte”, afirmou, em reportagem do Sul 21.

 

 

Fotos: Cpers