InformANDES na UFRGS, nº 85/2014, 22/09/2014.

PAUTA:

1-PEC 555 e PL 4434: pressionado, o presidente da Câmara Federal cedeu e se comprometeu a colocar ambos projetos em votação em outubro.

2-IBGE: “Errar é humano, trabalhar no IBGE é que está se tornando desumano”, declara o Assibge-SN, Sindicato Nacional dos funcionários do Instituto.

3-Bancários planejam greve nacional a partir de 30 de setembro, caso…

1-PEC 555 e PL 4434: pressionado, o presidente da Câmara Federal cedeu e se comprometeu a colocar ambos projetos em votação em outubro

ANFIP, Mosap, Cobap, ANDES-SN, Sinasefe e as demais entidades agrupadas no Movimento UNA-SE para defender os direitos na aposentadoria estão pressionando para que a PEC nº 555/2006 e o PL nº 4434/2008 sejam postos em votação o quanto antes.

Para este fim foram realizados, em agosto, Atos em Brasília (05/08), Rio de Janeiro (16/08), Porto Alegre (21/08), São Paulo (28/08) e, na última sexta-feira, 19/09, em Natal.

Mais de mil aposentados e sindicalistas em passeata em Natal

Por que Natal? Porque o estado do Rio Grande do Norte e sua capital, Natal, são os redutos eleitorais do presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) – que detém o poder de decidir a pauta de votação da Câmara.

 

Como nas manifestações anteriores, o Ato reuniu idosos, adultos, adolescentes e sindicalistas: jovens e não jovens, aposentados e quem vai um dia se aposentar ou querer se aposentar. Mais de mil pessoas (cerca de dois mil, segundo vários testemunhos) desfilaram em passeata, exigindo do deputado e presidente da Câmara que atenda o clamor dos aposentados e assalariados (leia mais aqui).

O presidente da Câmara se comprometeu a colocar os projetos em votação

O dep. Henrique Alves declarou que “não suportava mais a pressão do governo contra os dois projetos” e se comprometeu a colocar ambos projetos, em outubro, e ainda a PEC 170/2012 (sobre os três projetos, ver abaixo). Depois, ele retificou e garantiu apenas que levará para o colégio de líderes a decisão de colocar em votação dos três projetos.

Será que o dep. Henrique Alves não vai recuar e roer a corda?

A pergunta e a dúvida não são descabidas. Porque esse mesmo senhor já se notabilizou por voltar atrás em sua decisão, justamente em relação à PEC 555: no dia 30 de maio último, sob pressão de uma manifestação de aposentados, ele incluiu a PEC na pauta de votação do Plenário da Câmara. Porém,…

Porém, algumas horas depois, após receber, pelo telefone, um puxão de orelha do Palácio do Planalto, ele próprio a retirou da pauta, curvando-se, mais uma vez, à interferência governamental!

E também porque ele condicionou a votação dos projetos ao acordo do Colégio de Líderes da Câmara, no qual o líder do PT e o líder do governo podem… ter direito de veto!

Precavidas, as lideranças do UNA-SE estão preparando uma nova mobilização para o dia 14 de outubro, em Brasília.

O que objetivam os três projetos

A PEC 555/2006 acaba gradativamente com a cobrança previdenciária dos servidores aposentados e a PEC nº 170/2012 garante integralidade para a aposentadoria do servidor por invalidez.

Já o Projeto de Lei 4434/2008 assegura a correção dos valores das aposentadorias do INSS pelo número de salários mínimos da época da concessão do benefício.

Fontes: ANFIP, 19 e 22/09, Cobap, Sedufsm-Seção Sindical e ANDES-SN, 22/09/2014.

2-IBGE: “Errar é humano, trabalhar no IBGE é que está se tornando desumano”, declara o Assibge-SN, Sindicato Nacional dos funcionários do Instituto

Os jornais do último sábado, 20 de setembro/2014, estamparam manchetes a respeito do IBGE: “IBGE admite erros graves na Pnad do RS e de outros estados; Instituto pede desculpas à sociedade” (Correio do Povo); “IBGE errou e diz que desigualdade recuou: falha alterou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD em estados como o RS; Instituto nega pressão política” (ZH).

Para contextualizar essas manchetes, é necessário lembrar que o IBGE vive, já faz algum tempo, uma crise, cujos episódios foram noticiados nos números 25 (13/04), 44 (15/05), 61 (18/07) e 81 (15/09) deste boletim.

Essa crise decorre dos violentos processos de precarização e sucateamento a que o Instituto e seus funcionários vêm sendo submetidos pelo governo, agravados pela demissão sumária de 189 trabalhadores com contrato temporário (demitidos por terem participado da greve nacional da categoria).

Crise essa exacerbada pelas ações de uma Administração caracterizada, segundo a ASSIBGE-SN (o Sindicato Nacional da categoria), pela ausência de democracia e diálogo e pelo autoritarismo.

A respeito dos erros na divulgação no PNAD, leia a Nota divulgada pela Executiva Nacional da ASSIBGE-SN: “Errar é humano, trabalhar no IBGE é que está se tornando desumano” (19/09/2014).

Pode também ser lida a carta aberta, divulgada três dias antes pela ASSIBGE-SN: “Carta a todas as pessoas e instituições usuárias dos dados do IBGE” (16/09/2014; leia aqui) e a matéria publicada pelo mesmo Sindicato, em 25/08/2014, que justamente toca no… PNAD e em outros assuntos (como os motivos da greve): “Precarização é forma de minar a autonomia do IBGE, diz Sindicato”: aqui.

Fonte das informações e da charge: Portal da ASSIBGE-Sindicato Nacional http://assibge.org.br/en/ A edição é da Seção Sindical/UFRGS.

3-Bancários planejam greve nacional a partir de 30 de setembro, caso…

Os bancos, que obtiveram lucros exorbitantes no primeiro semestre, ofereceram apenas 7% de reajuste salarial aos bancários na mesa de negociação realizada na última sexta-feira (19) entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional de Mobilização.

Caso as reivindicações salariais do Comando Nacional dos Bancários não sejam atendidas até o fim do mês, a categoria deve entrar em greve a partir do dia 30. De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e região, Juvandia Moreira, mesmo com as sete rodadas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), empresários e bancários ainda não conseguiram acordo sobre pautas trabalhistas. Na última sexta-feira (19), os bancos apresentaram proposta de 7% de reajuste salarial – para inflação de 6,35% – e de 7,5% de aumento no piso. Os bancários, no entanto, consideraram a oferta insuficiente e seguem com o pedido de reajuste salarial de 12,5%.

Leia mais aqui e aqui.

Fontes: Sul 21 e CSP-Conlutas, 22/09/2014.

Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!

– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!

– 10% do PIB para Educação Pública, já!