Em Tempo: Sobre a Reforma governamental do Ensino Médio,
ver, no Facebook da Seção https://www.facebook.com/andesufrgs
artigo do Prof. Gaudêncio Frigotto (UERJ) e o Manifesto do Movimento Nacional em defesa do Ensino Médio
PAUTA:
1-Manifestações, protestos e paralisações marcaram o Dia 22/09 em todo o país.
2-Continuidade: o Dia 29/09, e depois
3-Assembleia Geral Docente alerta: “Os ataques têm sido sistemáticos, é preciso estar atento e forte”.
4-Dia 23/09 foi de intensa mobilização estudantil: “Nenhum cotista a menos na UFRGS!”
5-Escute, pela internet, o programa Voz Docente desta semana, nº 38/2016.
1-Manifestações, protestos e paralisações marcaram o Dia 22/09 em todo o país
Nesta última quinta-feira (22/09), atos, manifestações, protestos e paralisações ocorreram em mais de 20 estados brasileiros para denunciar à sociedade os efeitos nefastos do PLP 257/16 (agora PLC 54/16), da PEC 241/16, das reformas previdenciária e trabalhista do governo Michel Temer. Houve também fortes brados pelo Fora Temer.
As seções sindicais do ANDES-SN participaram do Dia Nacional de Luta levantando as mesmas reivindicações, acrescentadas da defesa da Universidade Pública, Gratuita, de Qualidade, e da exigência de uma Escola Sem Mordaça.
No RS
Em Pelotas, movimentos sociais e sindicais marcharam pelo centro da cidade. Docentes também participaram do Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação após deliberarem em Assembleia Geral, ocorrida na manhã do mesmo dia, a participação no ato.
Na Universidade Federal do Rio Grande (Furg), os docentes paralisaram as atividades e realizaram uma plenária da Educação Pública, com participação dos três segmentos da comunidade acadêmica.
Manifestações param o centro de Porto Alegre no dia 22 de setembro
Nesta quinta-feira, em Porto Alegre, várias categorias se mobilizaram para participar do Dia Nacional de Mobilização, Protesto e Paralisação convocado pelas centrais sindicais, em defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários e contra as reformas que cortam gastos com educação, saúde e áreas sociais.
Nas primeiras horas da manhã, houve manifestações em frente às garagens, atrasando as saídas dos primeiros ônibus. Houve também uma manifestação na ponte do Guaíba que bloqueou o acesso a Porto Alegre por essa via.
Pela manhã os manifestantes, vindos de diversos pontos da cidade, se dirigiram para o centro da cidade. Os docentes da UFRGS uniram-se aos professores estaduais e aos sindicatos da Central Sindical e Popular – Conlutas, em uma caminhada que partiu do Cpers até a sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, na Avenida Mauá. Lá, se reuniram aos manifestantes dos sindicatos da CUT e de outras centrais e seguiram em caminhada até a Praça da Matriz.
O ato realizado na Praça da Matriz contou com a presença de algumas dezenas de sindicatos e cerca de 2 mil manifestantes. Entre as principais palavras de ordem inscritas nas faixas e nas falas dos manifestantes, estavam: “Fora Sartori”, “Fora Temer” e “Nenhum direito a menos”.
Confira um levantamento de atividades realizadas no país, com presença das Seções Sindicais do ANDES-SN: Docentes vão às ruas em todo o país em Dia de Luta, Mobilização e Paralisação
Confira o levantamento das manifestações e paralisações feito pela CSP-Conlutas: aqui
2-Continuidade: o Dia 29, e depois
Realizada no dia 22, a unidade dos sindicatos e das centrais é um passo essencial na construção de mobilizações mais fortes, incluindo a construção de uma greve geral, que possam bloquear as contrarreformas anunciadas pelo governo Temer. Manifestações contra a votação da PEC 241 são previstas para o início de outubro, imediatamente após o 1º turno das eleições. Também, está sendo discutida a data de realização de um ou dois dias de Paralisação Nacional (greve geral), na segunda quinzena de outubro.
Para o dia 29 de setembro, quinta-feira, estão sendo planejadas novas manifestações.
Continuidade em Porto Alegre
Na segunda-feira, 26/09, as centrais sindicais reúnem às 15h, para debater o planejamento de atividades para o dia 29/09 – novo Dia Nacional de Mobilização, Protestos e Paralizações, quando está previsto um dia nacional de paralisação dos metalúrgicos em todo o país.
A Frente Sindical/RS em defesa do Serviço Público realizara, no dia 29, uma Plenária Sindical sobre “A PEC 241 e as repercussões para a classe trabalhadora”. Trata-se de uma atividade de esclarecimento, debate e mobilização para a continuidade da luta contra os ataques do governo Temer. Iniciará às 18h30 do dia 29, em local a ser confirmado.
Continuidade na UFRGS
Em cumprimento a decisão da última Assembleia Geral, de 21/09 (ver o item 2, abaixo), a Diretoria da Seção Sindical entrou em contato com as coordenações da Assufrgs, DCE e APG propondo a realização de uma Assembleia da Comunidade Universitária no início da próxima semana, de preferência na terça-feira 27, para debater o combate contra os pacotes de maldades do governo Temer.
As referidas entidades acolheram bem a proposta de Reunião Universitária, mas manifestaram dificuldades ou impossibilidades em relação à data. Finalmente, foi acordada a realização de uma Reunião Plenária da Comunidade Universitária na próxima quinta-feira, dia 29/09, no turno da tarde, no Auditório da Fabico/UFRGS, para debater os pacotes governamentais bem como organizar de forma unitária o processo de resistência a esses ataques. Agenda-se!
A diretoria da Seção está acompanhando e construindo a agenda de atividades da próxima semana, que será informada em postagens excepcionais, se necessário.
3-“Os ataques têm sido sistemáticos, é preciso estar atento e forte”, alerta Assembleia Geral Docente em Nota direcionada à Comunidade Universitária da UFRGS
A Assembleia Geral Docente de 21/09 decidiu pela redação de um texto, destinado à Comunidade Universitária: a) alertando a respeito da gravidade do momento e do cenário de ataques lançado pelo governo Temer contra a Educação e Saúde Públicas, contra as garantias trabalhistas, as conquistas previdenciárias e a aposentadoria; b) informando das decisões da Assembleia Geral. Segue o referido texto:
“O governo Temer vem impulsionando uma quantidade crescente de iniciativas nefastas que, se aprovadas pelo Congresso Nacional, serão desastrosas para a classe trabalhadora e para os serviços públicos em geral – como a PEC 241, o PLP 257 e as Reformas Previdenciária e Trabalhista. Acrescentam-se a isso as investidas contra a liberdade pedagógica do programa autodenominado “Escola Sem Partido” – e está composto o cenário de ataques avaliado na Assembleia Geral Docente, convocada pela Seção Sindical/ANDES e realizada no dia 21 de setembro, na FACED/UFRGS.
A Assembleia debateu os processos em curso de resistência aos pacotes de maldades do governo e a continuidade da luta por “Nenhum direito a menos!”, centrando nas duas atividades próximas de mobilização: os dias 22 e 29 de setembro, ambos Dia Nacional de Mobilização, Protesto e Paralisações.
Após, a Assembleia decidiu unir-se ao Dia Nacional de Mobilização, Lutas e Paralisações, chamado pelas centrais sindicais para o dia 22 de setembro. A decisão foi unânime, refletindo a preocupação com o atual momento e a vontade coletiva de contribuir para as ações unitárias já em andamento.
Também, foi aprovada, por unanimidade, a proposta de construção de uma Assembleia de Comunidade Universitária, que reúna os três segmentos da UFRGS, uma vez que a luta pela manutenção dos direitos sociais e da própria Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade é comum a todos. Acredita-se que essa Assembleia geraria uma Frente Universitária, composta por docentes, discentes e técnico-administrativos, que teria a amplitude necessária para colocar nossa Universidade à altura das exigências de mobilização e luta postas por este momento histórico crucial.
Os ataques têm sido sistemáticos, é preciso estar atento e forte. O momento da mobilização é agora!
Ass.: Assembleia Geral Docente de 21/09/2016”.
4-Dia 23/09 foi de intensa mobilização estudantil: “Nenhum cotista a menos na UFRGS!”
A manhã desta sexta-feira, dia 23/09, foi marcada por intensa mobilização de estudantes e movimentos sociais em defesa das cotas na UFRGS. Para insistir no necessário diálogo sobre este tema, estudantes ocuparam o térreo da Reitoria desde a tarde do dia 22/09 e, na manhã do dia 23, impedindo a reunião do CONSUN que analisaria proposta contendo item que significaria um retrocesso na política de Ações Afirmativas da Universidade.
A alteração formulada pela Reitoria
O item mais polêmico da resolução proposta exige que o candidato cotista faça opção entre o ingresso universal e o ingresso por Ações Afirmativas, transformando o percentual mínimo destinado às cotas em teto, num claro retrocesso à superação do histórico de exclusão de estudantes de baixa renda, negros e indígenas. Se aprovada a modificação da Resolução, a UFRGS estaria inovando às avessas: inaugurando a reserva de vagas para alunos egressos das escolas privadas!
Novamente, os estudantes enfrentam a falta de democracia na UFRGS: uma comissão de estudantes foi chamada a conversar com representantes da Reitoria (o reitor Carlos Alexandre, mais uma vez, esteve ausente do diálogo com os estudantes) e a reunião do CONSUN foi suspensa.
Reitoria encaminhou nova proposta de Resolução sobre as cotas
Durante a tarde do dia 23, a Reitoria da UFRGS divulgou NOTA em que reconheceu que havia “necessidade de aprimoramento” no texto inicialmente encaminhado e anunciou que encaminhava uma “Emenda” ao mesmo, a ser apreciada em reunião do CONSUN, convocada para a próxima terça-feira, 27/09, às 8h30.
A referida Emenda foi também entregue à Assembleia dos estudantes, que analisam-na e permanecem mobilizados.
A Seção Sindical ANDES/UFRGS apoia a reivindicação dos estudantes, divulgou, no dia 20/09, uma Nota “Em defesa das Ações Afirmativas na UFRGS” e continua acompanhando de perto a movimentação.
Leia a matéria do Sul 21: Votação sobre mudanças nas cotas da UFRGS é adiada após ocupação da reitoria
O Sindicato Nacional publicou, em seu portal, extensa matéria sobre a ameaça que paira sobre a política de cotas na UFRGS: Seção Sindical UFRGS rechaça possível alteração no programa de ações afirmativas da Universidade
5-Escute, pela internet, o programa Voz Docente desta semana, nº 38/2016
Escute o programa AQUI.
No Roteiro:
-Entrevista exclusiva com o professor Fernando Penna, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e criador do Facebook “Professores Contra a Escola Sem Partido”;
-Entrevista exclusiva com o professor Fernando Penna, docente da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e criador do Facebook “Professores Contra a Escola Sem Partido”;
-E foi tanta emoção na semana que passou em Brasília que nosso Conde Piè não se recuperou para estar conosco no programa de hoje.
-No Notícias Expressas:
1- Assembleia Geral e Paralisação Nacional movimentam a semana dos docentes da Ufrgs
2-Centrais sindicais e entidades nacionais convocam ato em Porto Alegre no dia 22
3-Seção Sindical ANDES/UFRGS implementa campanha visual em torno das lutas do momento
Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!
– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!
– 10% do PIB para Educação Pública, já!