InformANDES na UFRGS, nº 47/2015, 26/05/2015.

PAUTA:

1- Treze meses depois da última reunião, MEC chamou ANDES-SN para reunião, em que… renegou acordo assinado em abril/2014, declarou não ter respostas a dar e pediu para os docentes ficarem… esperando.

2-Sobre o indicativo de deflagração de greve nacional: respostas a algumas perguntas.

3-Cultura e etc. em debate: palestra e lançamento do livro “O colapso do figurino francês: crítica às ciências sociais no Brasil”.

1-Treze meses depois da última reunião, MEC chamou ANDES-SN para reunião, em que… renegou acordo assinado em abril/2014, declarou não ter respostas a dar e pediu para os docentes ficarem… esperando

Às pressas, depois do Setor das IFES do ANDES-SN fazer indicação de greve nacional), mais de uma ano depois do  último encontro, o MEC convocou o Sindicato Nacional para uma reunião, que ocorreu na última sexta-feira, 22/05.

Participaram do encontro, pelo MEC, Jesualdo Farias, Secretário de Ensino Superior (Sesu) e, em parte da discussão, Luiz Cláudio Costa, secretário-executivo e ministro em exercício.

Três diretores do Sindicato Nacional representaram o ANDES-SN: o(a)s prof(ª)s Marinalva Oliveira, 1ª vice-presidente, Cláudia March, secretária-geral, e Walcyr de Oliveira, 3º tesoureiro.

ANDES-SN apresentou novamente a pauta reivindicativa e relembrou os quatro pontos acordados em abril/2014

A profª Marinalva Oliveira iniciou a reunião apresentando a pauta do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), dividida em cinco eixos: defesa do caráter público da educação, condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização salarial de ativos e aposentados.

A diretora do ANDES-SN lembrou que o MEC havia assinado acordo, em 23 de abril de 2014 sobre conceitos iniciais de carreira, mas que, desde então, não houve qualquer reunião entre o Ministério e o Sindicato Nacional.

MEC respondeu com negativas e postergações (“necessidade de ‘estudos’”)

O MEC respondeu que o acordo firmado em 23 de abril de 2014 sobre os conceitos da carreira não é válido, porque o representante do Ministro que o assinou não tinha mandato para isso.

A representação do Ministério disse que, em relação a concursos, não há respostas.

Sobre o restante da pauta, o MEC acrescentou que é necessário estudar a proposta do ANDES-SN para poder dar uma resposta por escrito em uma próxima reunião, possivelmente após a metade do mês de junho.

O Ministro em Exercício afirmou que a pasta da Educação deve ser afetada com um corte de cerca de R$ 9 bilhões. Esclareceu que o MEC ainda não sabe quais serão os reais impactos do corte orçamentário sobre as universidades e institutos federais, e que, até a primeira semana de junho, deve ter uma resposta concreta sobre quais os impactos. Segundo ele, é provável  que ocorrerá impactos sobre verbas de custeio e capital.

Mesmo assim o Ministro em exercício afirmou que o orçamento ficará acima do mínimo constitucional e ressaltou, ainda, que o governo quer, mesmo com os cortes, consolidar a expansão de universidades e institutos federais.

Ministro em exercício se queixou da decisão de deflagração da greve

O Ministro em exercício ainda se queixou que a decisão de deflagração da greve gerou um desconforto no MEC porque, segundo ele, um novo governo acaba de assumir e, portanto, não deve se considerar a falta de negociação do governo anterior.

As diretoras do Sindicato Nacional responderam que a interpretação do ANDES-SN, e das assembleias docentes, não é essa: não se trata de um “novo governo”, ainda menos de uma nova equipe no MEC; a categoria espera a resposta do MEC há mais de um ano, e a negociação foi rompida unilateralmente pelo governo, sem nenhuma justificativa.

Leia mais aqui.

Fontes: ANDES-SN, com edição da Seção Sindical/UFRGS.

2-Sobre o indicativo de deflagração de greve nacional: respostas a algumas perguntas

A decisão de greve

Por votação embasada nas deliberações das Assembleias Gerais realizadas por todo o país, a ampla maioria das 43 seções sindicais presentes na última Plenária do Setor das federais decidiu pela deflagração da greve nacional a partir da quinta-feira 28 de maio. Sobre os motivos, ver mais abaixo.

O que acontece, então? A decisão tomada pelo Setor é submetida ao referendo das Assembleias Gerais locais

No período de 20 a 25 de maio, a deliberação (de greve) tomada pelo Setor das IFES está sendo submetida às Assembleias Gerais locais, para referendo. As Assembleias Gerais locais podem referendar a de cisão do Setor, ou não. Ou seja, a deliberação tomada em Brasília pela Plenária do Setor das IFES deve passar pelo crivo das bases e por elas ser referendada.

Ao referendar a decisão, indicarão seu representante no Comando Nacional de Greve (CNG). Este será instalado na sede do Sindicato Nacional, em Brasília, na quinta-feira, 28 de maio.

Qual é a posição da Seção Sindical/UFRGS? Foco no esclarecimento e na mobilização

A posição da Seção Sindical/UFRGS foi definida pela Assembleia Geral Docente (AG) ocorrida no dia 14 de maio, no Auditório da Faculdade de Economia. Por unanimidade, a AG:

-decidiu não colocar em votação o indicativo nacional de greve, por considerar a mobilização ainda incipiente na UFRGS;

-destacou a necessidade de focar no esclarecimento do(a)s colegas a respeito da pauta reivindicativa específica e no aumento da mobilização, com visitas às Unidades;

-decidiu pela organização da Comissão de Mobilização da UFRGS, cuja constituição começou na própria Assembleia Geral, mas cuja composição e ampliação continuam abertas às adesões vindas das Unidades.

Quer saber mais sobre a deliberação do Setor das Federais, sobre as decisões da AG, sobre a pauta de reivindicações: leia aqui.

3-Cultura e etc. em debate: “O colapso do figurino francês: crítica às ciências sociais no Brasil”

Nesta quarta-feira, 27 de maio, às 18h30, acontece palestra e lançamento do livro “O colapso do figurino francês: crítica às ciências sociais no Brasil”, de autoria do prof. Nildo Ouriques (UFSC).

O evento ocorrerá no Auditório 3 da antiga Escola Técnica da UFRGS – Rua Ramiro Barcelos, 2777 ((denominada agora de Anexo 1 do Campus Saúde, ao lado do Planetário) e está sendo organizado, em conjunto, pelo Grupo de Pesquisa Organização e Práxis Libertadora, Associação de Pós-Graduandos da UFRGS – APG e Seção Sindical do Andes.

Veja a página do evento, no portal da Escola de Administração: aqui.

Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!

– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!

– 10% do PIB para Educação Pública, já!