InformANDES na UFRGS, nº 26, 19/06/2017.

O governo Temer agoniza mas suas reformas seguem tramitando.

A Greve Geral é necessária para barrar essas reformas. Participe!

PAUTA:

1 – Assembleia de Docentes da UFRGS nesta quarta-feira decidirá sobre adesão à Greve Geral

2 – Solidariedade à ocupação Lanceiros Negros

3 – Carta do Seminário sobre impactos da mineração

4 – Agenda de mobilização

1 – Assembleia de Docentes da UFRGS nesta quarta-feira decidirá sobre adesão à Greve Geral

A ampla maioria dos brasileiros é contrária às reformas do governo Temer. No início de maio, o Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, e o resultado mostrou que 71% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência. O levantamento mostrou ainda que a rejeição entre os funcionários públicos chega a 83%. Em todos os grupos sociodemográficos, a maioria das pessoas ouvidas se posicionou contra as mudanças; 73% das mulheres e 74% dos que ganham entre 2 e 5 salários mínimos se declararam contrários às reformas. Sobre essa e outras pesquisas, leia mais aqui.

Os representantes do setor financeiro e das elites do país trabalham para tramitar e aprovar as reformas, apesar de todo o desgaste do Governo Temer. A tramitação da Reforma Trabalhista no Senado avançou mais uma etapa nesta terça-feira, 13 de junho, com a leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB) na CAS (Comissão de Assuntos Sociais). Com isso, a proposta já poderá ser votada na Comissão e a previsão é de que isso ocorra na próxima terça-feira, dia 20. Leia mais aqui.

A Greve Geral do dia 30 de junho é o instrumento construído pelas centrais sindicais para barrar as reformas e já conta com a adesão de muitas categorias. Em reunião nacional de representantes de assembleias realizadas em todo o país, o ANDES-SN decidiu indicar às bases para manter a mobilização nas ruas e construir a Greve Geral do dia 30. Leia mais aqui.

Docentes da UFRGS decidirão nesta quarta-feira, 21 de junho, sobre adesão à greve geral e participação no CONAD

A Assembleia de Docentes da UFRGS realizada na terça-feira, dia 6 de junho, aprovou, por unanimidade, indicativo de adesão à Greve Geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 30 de junho, contra as reformas previdenciária e trabalhista e as terceirizações. Essa decisão deverá ser ratificada em nova Assembleia de Docentes, convocada para quarta-feira, 21 de junho, às 17h30, na sala 605 da Faculdade de Educação (Campus Centro).

Imediatamente após, e no mesmo local, será realizada Assembleia de sócios da Seção Sindical do ANDES-SN, para debater os temas do 62º CONAD e eleger o(a) delegado(a) da Seção; e para deliberar sobre proposta de nova modalidade para pagamento das mensalidades.

Agende-se! Participe!

62º Conselho do ANDES-Sindicato Nacional (CONAD) será realizado em julho

Nos próximos dias 13, 14, 15 e 16 de julho ocorrerá, na cidade de Niterói, o 62º Conselho do ANDES-Sindicato Nacional (CONAD). A Diretoria Nacional, junto à Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense – ADUFF, Seção Sindical do ANDES-SN, prepara mais uma edição do encontro que é das mais importantes instâncias de deliberação do ANDES-SN. O tema do 62º CONAD é “Avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora: em defesa da educação pública e nenhum direito a menos!”. A nota sobre a conjuntura deliberada na reunião conjunta dos Setores das IFES e IEES-IMES do ANDES-SN indica uma das grandes tarefas do 62º CONAD: “O 62º CONAD, que acontecerá em julho de 2017 na cidade de Niterói, terá como tarefa atualizar nossa consigna de luta para o próximo período”.

O Caderno de Textos, composto por contribuições do ANDES-SN, das seções sindicais e, também, de filiados ao Sindicato Nacional já foi divulgado e pode ser acessado aqui. O Caderno de Textos guiará os debates do CONAD. Aqueles que ainda desejam enviar contribuições, podem fazê-lo até o dia 26 de junho. Tais contribuições constarão no Anexo ao Caderno, que tem 30 de junho como data de sua publicação.

2 – Solidariedade à ocupação Lanceiros Negros

A Ocupação Lanceiros Negros, no centro de Porto Alegre, foi violentamente esvaziada pela Brigada Militar de José Ivo Sartori (PMDB) na noite da quarta-feira, 14 de junho. Dezenas de famílias ocupavam há quase dois anos um prédio de propriedade do Estado do Rio Grande do Sul que, antes da ocupação, estava abandonado há mais de uma década. O centro de Porto Alegre foi praticamente sitiado, tendo inclusive diversas linhas de ônibus sido impedidas de circular na região, para garantir que o despejo fosse executado com o uso de extrema violência policial.

Várias entidades, movimentos sociais e parlamentares se manifestaram, de imediato, em solidariedade à luta pela moradia e em repúdio à brutal violência policial e solicitando a exoneração do Secretário de Segurança. A Casa Civil, entretanto, lançou na quinta-feira, 15 de junho, uma nota em que justifica o uso da força em nome do cumprimento da lei.

No fim da manhã da sexta-feira, 16 de junho, houve uma caminhada em solidariedade aos despejados da ocupação Lanceiros Negros, com a participação de diversos movimentos, entidades sociais e sindicais (incluindo o Comitê Estadual Contra a Tortura, Centro de Referência em Direitos Humanos, Ocupação Mirabal, Uampa, Simpa, Sintrajufe, Sindjus, ARI, Sindjors, OAB/RS, MLB -Movimento de Lutas nos Bairros, vilas e favelas, entre outros, além de vereadores, deputados estaduais e federais do Psol, PT e PCdoB). A caminhada iniciou na frente da Ocupação Mirabal, na rua Duque de Caxias – onde estão alojadas mulheres vítimas de violência e seus filhos -, e encerrou com ato na frente do Palácio Piratini, onde os manifestantes repudiaram os atos de violência e entregaram documento pedindo a demissão do Secretário de Segurança Pública Cezar Schirmer. Leia aqui a nota entregue pelos manifestantes ao governador do Estado.

O Movimento de Lutas nos Bairros Vilas e Favelas – MLB, em nome das pessoas despejadas da Ocupação Lanceiros Negros, emitiu uma declaração em que denuncia a recusa do governo a dialogar com os movimentos sociais e a opção política do governo Sartori de despejar as famílias que lutam por uma moradia digna, ao mesmo tempo em que não cobra a dívida de 76 milhões da empresa JBS, que doou recursos para sua campanha. Leia a íntegra da nota do MLB aqui.

Boa parte das famílias que residiam na Lanceiros Negros tinham como fonte de renda o artesanato, e muitos deles foram impedidos de levar suas ferramentas de trabalho no momento do despejo. Após a reintegração de posse na Ocupação Lanceiros Negros, uma corrente de solidariedade se formou na Ocupação Mulheres Mirabal, na rua Duque de Caxias, em frente à Escola Técnica Estadual Senador Ernesto Dornelles, no Centro de Porto Alegre. Algumas famílias foram acolhidas no local. Em apoio aos despejados, estão sendo recolhidos, no local, doações dos mais diversos tipos, desde alimentos não perecíveis até leite, fraldas, roupas, colchões e produtos de higiene pessoal.

3 – Carta do Seminário sobre impactos da mineração

No InformANDES na UFRGS, nº 24/2017, de 9 de junho, publicamos um relato sobre o Seminário Regional sobre impactos da mineração, promovido pelo Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) do ANDES-SN e pela Secretaria da Regional RS do Sindicato Nacional dos Docentes, e ocorrido nos dias 5 e 6 de junho, em São Lourenço do Sul. A Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS esteve representada pelos professores Rafael Kruter Flores e Paulo Brack, este palestrante do evento.

Publicamos neste boletim o documento aprovado no Seminário Regional de São Lourenço do Sul e um link para acesso ao documento e seus anexos. Leia a carta AQUI.

“São Lourenço do Sul, 06 de junho de 2017

“Nos dias 5 e 6 de junho de 2017 – Semana do Meio Ambiente – realizou-se, em São Lourenço do Sul, RS, Brasil, o “Seminário Regional sobre os Impactos dos Projetos de Mineração: O que sabemos? O que queremos?”. O evento foi promovido pela Secretaria Regional RS do ANDES-SN e pelas seções sindicais: APROFURG, ADUFPel, SEDUFSM, SESUNIPAMPA e Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS. Sua realização ocorreu por meio do GT de Políticas Agrárias, Urbanas e Ambientais (GTPAUA) da APROFURG.

“O evento se justifica pela necessidade dos docentes das universidades públicas se aterem a este debate dado o conjunto de projetos de mineração pretendidos para o Rio Grande do Sul. Tais projetos, se implementados, trarão efeitos negativos sobre a qualidade de vida de sua população. Portanto, entende-se como atribuição dos docentes destas universidades fomentar a reflexão sobre temas relevantes à sociedade local.

“Durante o evento, em que estiveram presentes cerca de 500 pessoas, foram debatidas diversas questões relacionadas aos  impactos da mineração na América Latina e no Rio Grande do Sul, além das particularidades dos projetos previstos para a metade sul deste estado. O debate no contexto latino americano explicitou os danos ambientais gerados aos camponeses, especialmente no Peru, ao mesmo tempo em que demonstrou a importância da resistência dos povos tradicionais frente aos projetos de mineração. A lógica atual destes empreendimentos resulta da construção hegemônica neodesenvolvimentista imposta pelo capital que agrava os conflitos históricos da exploração mineral e inviabiliza as práticas tradicionais das populações locais.

“De maneira análoga, o debate sobre os impactos da mineração no contexto estadual apresentou uma lógica de expropriação do ambiente natural e do patrimônio cultural em áreas críticas para a conservação da sociobiodiversidade do bioma Pampa. Especificamente, na metade sul deste estado, os projetos pretendidos não atendem aos requisitos técnicos e legais, nem tampouco reconhecem os modos de vida das populações locais. A perversidade destes projetos é tal que demanda um posicionamento articulado entre os diversos segmentos da sociedade por uma visão de mundo distinta da lógica neodesenvolvimentista.

“Assim, os prefeitos dos municípios da costa doce, os movimentos sociais e a comunidade acadêmica presentes no evento posicionaram-se contrários à mineração, conforme as três cartas em anexo. Ademais, destacam a necessidade de enfrentamento e resistência à mineração nas diversas formas de manifestação social: NÃO À MINERAÇÃO!

Leia aqui as manifestações dos prefeitos, dos movimentos sociais e da comunidade acadêmica.

4 – Agenda de mobilização

A próxima terça-feira, 20 de junho, será o Dia Nacional de Mobilização Rumo à Greve Geral, com atos e panfletagens nos terminais de ônibus, nas estações de trens e metrôs, fábricas, locais de trabalho, e nos principais pontos de aglomeração das cidades e municípios, explicando os motivos da Greve Geral aos trabalhadores e restante da população e convocando a cruzarem os braços no dia 30 de junho. Em Porto Alegre, o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência convoca ato unificado para a Esquina Democrática, às 17h30. Participe!

Terça-feira, 20 de junho – Dia Nacional de Mobilização Rumo à Greve Geral

17h30 – Ato unificado na Esquina Democrática

Quarta-feira, 21 de junho

17h30 – Assembleia Geral de Docentes da UFRGS para deliberar sobre adesão à Greve Geral

18h30 – Assembleia Geral da Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS

Pauta:

1 – Debate e eleição de delegado(a) para o 62º CONAD do ANDES-SN.

2 – Proposta de nova modalidade para pagamento das mensalidades.

3 – Assuntos gerais.

Local das Assembleias: sala 605 da Faculdade de Educação (Campus Central da UFRGS)

Quinta-feira, 22 de junho

18h30 – Plenária de Mobilização do Fórum em Defesa da Previdência para a Greve Geral (em local a ser definido)

Sexta-feira, 30 de junho

Greve Geral

Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!

– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!

– 10% do PIB para Educação Pública, já!