PAUTA:
1-Dois anos passaram: será que melhorou o atendimento à saúde no Campus do Vale, e em toda a UFRGS?
2 – 37% dos servidores federais têm idade acima dos 50 anos e falta de concurso público pode resultar em colapso.
3-Justiça decide que deve ser indenizada empregada da Vivo que sofria constrangimentos por recusar-se a mentir.
1-Dois anos passaram: será que melhorou o atendimento à saúde no Campus do Vale, e em toda a UFRGS?
No dia 19 de novembro de 2012, dois anos atrás, o estudante Zilmar da Costa Pereira teve um mal súbito, durante uma aula, no Campus do Vale. O único procedimento padrão previsto era (e continua sendo) “chamar uma ambulância”. O estudante Zilmar faleceu enquanto aguardava o socorro.
O trágico acontecimento provocou mobilização, reuniões, abaixo-assinado com uma lista de reivindicações.
Em 2013, a Progesp anunciou a implantação de um pronto-atendimento médico
No dia 17 de junho do ano passado (2013), a Progesp anunciou que a UFRGS estava concluindo um projeto para a próxima implantação de uma forma de pronto-atendimento médico, através de equipe terceirizada (mas que teria orientação de profissionais da Universidade), para atender os quatro campi da UFRGS (a este respeito, ver nosso boletim nº 29/2013, de 19/06/2013; ler, também, aqui).
Porém, mais de um ano depois desse anúncio, nada mudou: nenhuma melhoria nas condições de atendimento médico.
Por isso, o ANDES/UFRGS solicitou audiência com a Progesp para questionar a respeito
No dia 16 de outubro, o ANDES/UFRGS reuniu com a Progesp, representada pelo Pró-Reitor,Maurício Viegas da Silva, pela Vice Pró-Reitora, Vânia Cristina Santos Pereira, e pela Diretora do Departamento de Atenção à Saúde – DAS, Marília Borges Hackmann. Da Seção Sindical, estavam presentes os professores Carlos Alberto Gonçalves (presidente) e Robert Ponge (1º vice).
A Progesp esclareceu, de entrada, que seu enfoque central é de investir em promoção de saúde privilegiando ações de caráter preventivo. A Diretora do DAS apresentou os principais projetos levados a cabo para este fim e se colocou à disposição para fornecer as precisões necessárias.
Perguntado a respeito do projeto anunciado em meados de 2013, o Sr. Pró-Reitor esclareceu que não foi possível implantar o referido projeto porque a legislação não permite que a Universidade tenha um esquema particular (seja próprio, seja terceirizado) de atendimento de ambulâncias. A UFRGS deve recorrer ao SAMU, que possui um polo de ambulâncias perto do Campus do Vale, no início da Lomba do Pinheiro.
Diante desse fato, a Administração da UFRGS está agora apostando no…
…“Projeto UFRGS cardio-protegida”
A ideia é de tornar a UFRGS uma área cardioprotegida, i.e., que, em cada unidade, esteja disponível um Desfibrilador Externo Automático – DEA, que possa ser utilizado em uma emergência cardíaca. Embora os DEAs estejam planejados para serem utilizados “automaticamente” (ou quase) por leigos, a Administração da UFRGS está desenvolvendo, com a colaboração da Escola de Enfermagem, um plano de treinamento de docentes e/ou funcionários com conhecimentos básicos de primeiro socorro, particularmente deRessuscitação CardioPulmonar (RCP).
Na ocasião da reunião, a Progesp estava ultimando o levantamento para poder realizar licitação para compra de DEAs…
A Seção Sindical agradeceu pelas informações fornecidas, esclareceu que vai estudar a questão, solicitar complementos de informações e esclarecimentos, porém deixou claro que entende necessário que o Ambulatório do Campus do Vale tenha médico que possa atender as emergências, pequenas ou grandes, que, inevitavelmente, surgem na Comunidade Universitária do Vale que, diariamente, congrega mais de vinte mil pessoas (uma cidade!).
2 – 37% dos servidores federais têm idade acima dos 50 anos e falta de concurso público pode resultar em colapso
O envelhecimento da força de trabalho no serviço público federal tem causado preocupação e acendeu um sinal de alerta no governo. A faixa etária que mais concentra servidores públicos federais é entre 51 e 55 anos
O problema também é agravado pela falta de concursos públicos, já que alguns órgãos e secretarias chegaram a ficar mais de 15 anos sem realizar nenhum tipo de processo seletivo ou prova para a escolha de novos candidatos, prejudicando a renovação do funcionalismo. Leia a matéria em anexo: Acesse a matéria ou, ainda, clicando aqui.
Fonte: Sindisprev/RS, 25/07/2014, e Fenasp.
3-Justiça decide que deve ser indenizada empregada da Vivo que sofria constrangimentos por recusar-se a mentir
Uma trabalhadora da Vivo S.A deve receber R$ 50 mil de indenização por danos morais, além de salários correspondentes aos 12 meses de garantia de emprego a que teria direito em virtude de doença ocupacional. Ela foi despedida um dia depois de voltar da licença médica.
Os danos morais referem-se a assédio moral sofrido pela empregada, porque ela se recusava a mentir que o sistema estava fora do ar quando clientes queriam comprar planos pré-pagos de celular. Ao desobedecer a diretiva da empresa, que tem o foco na venda de planos pós-pagos, era motivo de chacota e xingamentos por parte dos colegas e adquiriu transtornos psíquicos devido à situação. A decisão é do TRT4.
Leia o resto da matéria aqui: TRT4 – Trabalhadora da Vivo que sofria constrangimentos por recusar-se a mentir que o sistema estava fora do ar deve ser indenizada ou aqui.
Fonte: Rogério Viola Coelho Advogados – RVC, com edição da Seção Sindical/UFRGS.
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