Já são 16 universidades federais, um IF e uma universidade estadual em greve contra a PEC 55(241) e a MP 746
Sete outras têm decisão de entrar em greve nos próximos dias
A greve nacional docente está irrompendo e crescendo
A UFRGS vai aderir ao movimento nacional? Venha debater o indicativo de greve na Assembleia do dia 17.
PAUTA:
1- Nesta quinta-feira, dia 17: Assembleia Geral Docente para deliberar indicativo de greve.
2-Docentes da Economia, da Fabico e da Sociologia divulgam notas reconhecendo a legitimidade do movimento de ocupações.
3-Nota em solidariedade a lutadores do CPERS.
4-MST doa meia tonelada de alimentos às ocupações da UFRGS.
1-Nesta quinta-feira, dia 17: Assembleia Geral Docente para deliberar indicativo de greve
Na próxima quinta-feira, dia 17, ocorre Assembleia Geral Docente para deliberar a posição da UFRGS sobre o indicativo de greve nacional docente, lançado pelo ANDES-Sindicato Nacional, tendo a seguinte pauta de reivindicações: retirada da PEC 55 (ex-PEC 241) e retirada da MP 746 (Reforma do Ensino Médio).
A Assembleia Geral é convocada para as 18h (em 1ª chamada), no Auditório (sala 102) da Faculdade de Educação (Campus Centro).
A Assembleia é de toda a categoria
Chamada pela Seção Sindical ANDES/UFRGS, a Assembleia é de toda a categoria docente da UFRGS, independentemente de qualquer filiação sindical, e sua convocação segue estritamente os ritos e exigências da Legislação.
Por que o Setor das Federais do ANDES-SN lançou o indicativo de greve nacional docente?
Porque é necessário avançar na mobilização e resistência à PEC 55 (241) que está na iminência de ser aprovada.
Porque a greve nacional da educação federal já se iniciou: as ocupações (nova forma de greve estudantil) estão presentes na quase totalidade das universidades e dos institutos federais; os técnico-administrativos das universidades entraram em greve nacional no dia 08/11; os docentes e técnico-administrativos dos IFs entraram em greve nacional no último dia 11. E ainda…
Está nascendo e crescendo a greve nacional docente das universidade: já são 17 as universidades federais com greve docente, e mais sete têm indicativo de deflagração para os próximos dias
São dezesseis universidades federais, um IF e uma universidade estadual (UPE) que já têm suas atividades paralisadas contra a retirada de direitos (contra a PEC 55(241), contra a MP 746). Sete universidades federais decidiram iniciar a greve nos próximos dias.
Até a última sexta-feira, dia 11, eram nove as universidades federais com greve docente. Em poucos dias, a cifra saltou para 16.
E são mais sete com indicativo de greve para os próximos dias, entre as quais: a UFMG vai deflagrar greve na quarta-feira 16 e, no dia seguinte, é a vez da FURG, em Rio Grande/RS, nossa vizinha, entrar em greve!
Leia mais: Cresce o número de docentes em greve em Instituições de Ensino Superior
Quem lançou o indicativo de greve nacional docente?
Foi o Setor da Federais do ANDES-SN quem decidiu lançar o indicativo, em reunião realizada, nos dias 5 e 6/11, com a presença de docentes representando as seções sindicais de 45 instituições federais de Ensino: um alto quórum!
A orientação da reunião do Setor é de submeter o indicativo à Assembleia Geral Docente de cada universidade entre os dias 7 e 18 de novembro. Em caso de adesão ao indicativo, a Assembleia Geral deve debater se a greve deverá ser por tempo determinado (durante o período de tramitação da PEC 55/2016 e da MP 746) ou indeterminado (sem prazo).
Colega:
A Assembleia presencial é o espaço democrático por excelência da categoria e pertence a você. Venha debater e externar sua posição, tendo uma filiação sindical ou não.
Na Assembleia Geral Docente do próximo dia 17/11, vamos, coletivamente, tomar a decisão sobre como melhor encaminhar a luta necessária para enfrentar a PEC 55 e a MP 746.
Colega: compareça e posicione-se. A hora da luta é agora. Participe, não vamos deixar destroçar a Educação e Saúde Públicas, não vamos entregar nossos direitos!
2-Docentes da Economia, da Fabico e da Sociologia divulgam notas reconhecendo a legitimidade do movimento de ocupações
-Docentes do Curso de Ciências Econômicas tornaram pública Nota em que reconhecem a legimitadade das reivindicações do movimento de ocupações em curso, destacando: “As ocupações têm se mostrado pacíficas, ordeiras, cuidadosas com o patrimônio público e abertas à negociação para realização de atividades essenciais e atendimento especial para formandos, alunos em processo de defesa de teses e outras”.
Leia a nota na íntegra: NOTA DOS PROFESSORES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS EM APOIO AOS MOVIMENTOS DE OCUPAÇÃO DOS ESTUDANTES
-Professoras e professores do Departamento de Sociologia elaboraram e divulgaram “moção de apoio às ocupações estudantis” em que chamam a atenção que o movimento de ocupações ocorre “em um contecto no qual os canais de diálogo entre a sociedade civil e o governo encontram-se bloqueados pela postura vertical e autoritária deste último […]”.
Leia a nota na íntegra: Nota de professores Departamento de Sociologia/IFCH-UFRGS
-Professoras e professores reunidos em plenária conjunta dos Departamentos de Comunicação e de Ciências da Informação (FABICO) aprovaram manifesto que vai no mesmo sentido. Afirmam: “Ao lado das alunas e dos alunos, que promovem manifestações legítimas e pacíficas em todo o país, afirmamos a importância histórica deste movimento nacional de resistência que reúne escolas, institutos federais e universidades em defesa da educação e de outros direitos dos cidadãos brasileiros”
Leia o manifesto na íntegra: MANIFESTO DE APOIO ÀS (AOS) ESTUDANTES DA FABICO/UFRGS
-Outros posicionamentos de docentes de departamento, unidade ou instância da UFRGS podem ser encontradas aqui: Reuniões docentes reconhecem legitimidade do movimento de ocupações e manifestam apoio
3-Nota em solidariedade a lutadores do CPERS
Oito reconhecido(a)s e incansáveis militantes do CPERS, ex-diretore(a)s da entidade, encontram-se ameaçados com a suspensão dos seus direitos de sócios da entidade. A Diretoria da Seção Sindical ANDES/UFRGS divulgou nota em que manifesta sua solidariedade com os oito professores e trabalhadores da educação, lutadores do Cpers–Sindicato, de reconhecida atuação na luta em defesa da Educação Pública e dos direitos dos trabalhadores.
No entender da Diretoria da Seção Sindical, “O que está em julgamento não é o procedimento de oito ex-diretores, é a capacidade do movimento sindical gaúcho construir e preservar instâncias unitárias, em que as diferenças sejam tratadas com respeito e democracia. Solidariedade entre lutadores, nenhuma concessão aos governos que nos atacam!”
Leia a nota na íntegra: NOTA EM SOLIDARIEDADE AOS LUTADORES DO CPERS/SINDICATO
4-MST doa meia tonelada de alimentos às ocupações da UFRGS
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doou, na sexta-feira, dia 11, meia tonelada de alimentos aos acadêmicos que ocupam prédios da UFRGS. Os alimentos vêm da produção orgânica e colonial dos assentamentos da reforma agrária do estado.
Foram entregues para uma comissão de estudantes das ocupações dos prédios dos campi do Vale, Centro, Saúde e Olímpico, em Porto Alegre. As doações vão ajudar nas refeições de alunos de mais de 30 cursos da universidade, que também protestam contra o projeto Escola Sem Partido e a reforma do Ensino Médio.
Cedenir de Oliveira, da direção estadual do MST, explica que a iniciativa é uma forma de retribuir à sociedade pela solidariedade que as famílias Sem Terra receberam ao longo de seus 31 anos de história na luta por reforma agrária. Ele complementa que a doação de alimentos contribui para a resistência ao golpe do governo Temer, que também retira direitos na área da educação.
Seção Sindical do ANDES-SN: sindicato de verdade!
– Ensino Público e Gratuito: direito de todos, dever do Estado!
– 10% do PIB para Educação Pública, já!