InformANDES na UFRGS, nº 69/2012 – 07/06/2012.
A Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS informa!
Segundo Debate Oficial de candidatos a Reitor: pergunta do ANDES-SN e respostas dos candidatos
A “Comissão da Consulta/2012 para Eleição de Reitor” convidou as entidades representativas da Comunidade Universitária/UFRGS (ADUFRGS, ANDES-SN, APG, ASSUFRGS, DCE) a fazerem, cada uma, uma pergunta geral para as duas Chapas candidatas. No debate de 31 de maio, a primeira entidade sorteada foi a Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS.
No sentido de contribuir ao esclarecimento dos docentes desta Universidade, para que esses possam conhecer melhor o posicionamento de cada uma das chapas, reproduzimos, abaixo, a pergunta formulada por nossa Seção Sindical-ANDES/UFRGS e as duas respostas, na ordem em que ocorreram no debate.
A transcrição das respostas foi feita em base na audição de CD gravado pela Rádio da Universidade. Esta Seção Sindical agradece a Rádio da Universidade pela entrega do CD.
Pergunta da Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS aos candidatos a Reitor da UFRGS
O Sindicato Nacional ANDES está dirigindo a greve nacional pela valorização da carreira do docente federal. Hoje [31/05], são pelo menos 44 universidades federais e três institutos federais paralisados. Trata-se de um movimento extremamente forte, o mais amplo da história das instituições federais de ensino superior. Para permitir o entendimento e o debate da proposta do ANDES-SN para a reestruturação da Carreira Docente, várias administrações universitárias promoveram discussão e debate com o sindicato nacional ANDES (como ocorreu na Universidade Federal do Rio de Janeiro, por exemplo).
Nossa pergunta aos candidatos é a seguinte: – qual é a sua posição sobre a proposta de carreira Docente do ANDES, particularmente com relação a dois aspectos:
(1) incorporação da RT (retribuição por titulação) ao vencimento básico;
(2) uma carreira única para todos os docentes federais, independente de lecionarem em Universidade ou Instituto Federal; quanto a este último item, assinalamos que o CONIF (a entidade dos reitores dos Institutos Federais) se posicionou por uma carreira única.
Qual é a sua posição sobre esses dois itens? Se eleito Reitor, se compromete em defender esses dois itens na ANDIFES, bem como junto ao MEC?
RESPOSTA FEITA PELO PROF. CARLOS ALEXANDRE NETTO EM NOME DA CHAPA 2 – Agradeço a pergunta do ANDES. Quero dizer que eu, assim como todos os docentes, estou tremendamente insatisfeito com o nosso salário e com a nossa carreira. Nós temos trabalhado na ANDIFES pela reformulação da carreira e também pela nova matriz salarial. Temos feito isso desde o momento que assumimos o nosso posto de reitor e a nossa cadeira na ANDIFES. Existe uma mesa de negociação, o ANDES participa da mesa de negociação, assim como participa o PROIFES-Sindicato – sindicato ao qual eu sou filiado. E, em resposta à pergunta específica, eu quero dizer que, eu, particularmente – mas isso sou eu, o candidato – eu sou pela manutenção das duas carreiras, uma carreira para o magistério superior e outra carreira para o EBTT. Carreiras equivalentes, que tenham uma estrutura e uma remuneração equivalente, mas que sejam distintas, principalmente porque os critérios de desenvolvimento do docente na carreira e a diversificação dos perfis exige que as carreiras sejam, sim, mantidas diferenciadas. Porém, isso, claro, não terá um efeito perverso na remuneração porque as categorias de remuneração serão iguais para as duas carreiras. Qual é a outra pergunta? A incorporação? Não, somos contrários à incorporação. O professor tem que ter um salário básico, maior, melhor, como consta na proposta do PROIFES, mas a retribuição por titulação não deve fazer parte, não, ela [não] tem que ser incorporada porque isso favorece, isso estimula, isso motiva os docentes a terem uma melhor capacitação. Em relação a estes dois pontos essa é a nossa resposta. E eu quero já avançar, não fui perguntado, mas eu acho que enquanto existe uma negociação, o movimento paredista, ele não é a melhor estratégia política, porque se alguém se retira da mesa de negociação com quem vai se negociar? Então eu acho, e já faço aqui o meu posicionamento, que é um posicionamento crítico, não é?, que não é o momento, enquanto existe a possibilidade de negociação, não é o momento de fazer um movimento paredista, não é o momento de interromper as atividades, porque na interrupção das atividades uma categoria sempre é a mais prejudicada, que são os estudantes [palmas]. E por isso eu sou contrário a esse movimento! [palmas]
RESPOSTA FEITA PELA PROFª MARIA CECI MISOCZKY EM NOME DA CHAPA 1 – [… início da resposta com pequena interrupção da plateia e da radialista… ] Como administração não nos compete dizer ao movimento sindical qual deve ser a sua posição. Nós respeitamos profundamente uma mobilização que está sendo feita a partir das bases e praticamente em todas as universidades federais do país, e não nos cabe, de modo algum, do ponto de vista da administração interferir nesse processo [palmas]. Com relação à reestruturação da carreira docente, nós defenderemos a posição de valorização do piso com incorporação das gratificações, e também somos pela valorização e melhoria das condições do trabalho dos docentes, dos técnicos-administrativos e dos nossos estudantes nas universidades, que é uma das demandas que está sendo feita pelo ANDES-Sindicato. Não se trata apenas de uma plataforma por questões salariais, mas também por melhoria das condições de trabalho e, nesse sentido, o sindicato está contribuindo com todos nós na universidade. E [quero] lembrar que a proposta da nova classe, que agora foi revogada, da classe sênior, revogada pela pressão do ANDES-Sindicato, foi protocolada pelo PROIFES em 2009, e que – graças à mobilização do ANDES – essa nova classe foi agora retirada da proposta do governo. Eu peço, por favor, que as pessoas sejam educadas e não façam afirmações como estão sendo feitas agora me chamando de mentirosa. Vamos manter o mínimo de nível correspondente ao ambiente universitário [palmas]. Só pra encerrar, eu ainda tenho alguns segundos, nós defendemos ontem no Colégio de Aplicação e defenderemos junto à ANDIFES a unificação das carreiras docentes das universidades e EBTT. Nós temos um Colégio de Aplicação que é uma fonte de inspiração, de disseminação de valores, de experimento de práticas pedagógicas, e é indispensável que esse colégio seja valorizado também em uma presença unificada das carreiras dos seus docentes com a nossa carreira no ensino superior. Nós somos absolutamente favoráveis e atuaremos junto à ANDIFES para que se aproxime do CONIF na defesa da carreira unificada. Muito obrigado. [palmas]