Fonasefe segue pressionando por reajuste dos servidores federais em 2023

Após diversas reuniões em Brasília, representantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) manterão a mobilização e a pressão pelo reajuste da categoria. Conforme Luiz Henrique Blume, 3º Secretário do ANDES-SN, a intenção é incrementar os 9% anunciados pelo relator-geral do Orçamento de 2023, Senador Marcelo Castro (MDB/PI).

Na quarta-feira (14), representantes do Fonasefe foram recebidos pela Liderança da Minoria da Câmara e pela assessoria do relator.

Mobilização

Os encontros reforçam o compromisso do Fonasefe em manter a unidade e a mobilização das categorias de servidoras e servidores públicos para alcançar a recomposição salarial, algo que não é praticado há sete anos. A reivindicação é de um reajuste salarial na casa dos 27%, com base de cálculo na inflação acumulada durante o governo Bolsonaro.

Ao deixar a Câmara Federal, Blume garantiu ainda que o Fonasefe e o ANDES-SN continuarão intensificando a articulação com parlamentares e com a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Desde o início do ano, servidoras e servidores têm atuado fortemente na campanha salarial através de jornadas de luta, paralisações, indicativo de greve e muita pressão em Brasília em defesa dos serviços públicos. As ações incluíram atos públicos no Congresso, recepção de parlamentares no Aeroporto da capital federal, visitas a gabinetes e muitas manifestações em diversas cidades do país.

“Temos participado de encontros e reivindicado um reajuste salarial tendo em vista as perdas salariais frente à inflação acumulada durante o governo Bolsonaro. Portanto, entendemos que essas cifras são insuficientes para repor as perdas que tivemos durante os últimos quatro anos. Continuaremos em mobilização para discutir com o deputado Rogério Correia e também com o senador Marcelo Castro a possibilidade de utilizar recursos da PEC da Transição, no valor de R$ 105 milhões para incrementar esse reajuste salarial”, esclarece o docente.

Uma semana antes, as entidades estiveram reunidas, juntamente com integrantes do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e de centrais sindicais, com membros da equipe de transição e elencaram suas principais reivindicações, como a revogação da PEC 32/2020 (Reforma Administrativa) e da Emenda Constitucional 95/2016, que instituiu o teto dos gastos.