Clara Saraiva, da executiva da Anel, esteve na sede do Comando Nacional de Greve dos professores no ANDES-SN, na sexta-feira (1) em Brasília, para participar de uma reunião e informar aos docentes o quadro de greve dos estudantes (veja aqui). A perspectiva é de construção de uma grande mobilização de todos os setores da educação.
Segundo ela, estudantes de outras quatro instituições federais já discutem a possibilidade de adesão à greve nos próximos dias. Em nota enviada ao CNG do ANDES-SN no início da greve dos professores federais, a entidade expressou apoio à paralisação e convocou os estudantes a formarem um Comando Nacional de Mobilização.
“Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos e convocamos todos os estudantes a também se levantarem em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e por uma expansão com 10% do PIB para a educação”, dizia o documento.
Ao final, a nota pública chama todos os estudantes brasileiros a participarem da luta dos docentes. “Tomemos o leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!”, conclama a Anel.
Mobilização se amplia
Nas outras entidades do setor da educação a mobilização também se intensifica. A base do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) está em processo de construção da greve. Segundo informe de diretores o Sinasefe ao CNG do ANDES-SN, das 25 assembleias realizadas até agora, todas deliberaram favoráveis à paralisação por tempo indeterminado. A entidade indicou o dia 13 para a deflagração nacional.
Já na categoria organizada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical), 39 assembleias de base já aprovaram a greve a partir de 11 de junho. Outras quatro definiram pela paralisação em datas próximas ao dia 11 e três – UFF, UFRG e UFMG – já suspederam as atividades.