Confira a proposta da Chapa 2 e suas respostas às perguntas feitas pelo ANDES/UFRGS
PERGUNTA 1: Nos últimos anos, a comunidade da UFRGS promoveu diversos atos, ações e manifestações em defesa da democracia. Como pretendem fomentar e fortalecer a democracia interna na Universidade? Como entendem o papel e a colaboração das entidades representativas da UFRGS para com a democracia em nossa instituição?
Muitas, senão em todas as manifestações, estivemos presentes porque defender a democracia é uma obrigação de professores e gestores universitários. Inclusive, recentemente assinei o manifesto do movimento JUNTOS, inicialmente publicado não jornal FOLHA DE SÃO PAULO. Também quero reconhecer a justa homenagem feita aos colegas servidores expurgados com a inauguração de um monumento no Campus Central da UFRGS. Temos defendido a democracia junto ao Congresso Nacional, tendo participado em várias reuniões promovidas pelas Frentes em Defesa das Universidade Públicas e as em Defesa da Educação Superior Pública. Internamente, se por democracia entende-se como escolhemos o Reitor e a Vice-Reitora, e há que reduza democracia a essa questão, é preciso entender que o empecilho de maior democracia no processo é estatutário. Os impedimentos, como a consulta na forma da Lei constante do Estatuto, foram alí colocados em 1995 quando da elaboração do Estatuto por uma luta dos Sindicato de Docentes, ADUFRGS e de Técnicos Administrativos, ASSUFRGS e DCE. Na época foi a forma encontrada para obrigar a realização da consulta tanto para Reitor como para Diretor de Unidades Acadêmicas quando ainda havia resistência conservadora a esse avanço. Pois bem, sabemos que a proporção 70/30 está firmada em Lei que perdurou vários governos pós-88 e nenhum deles se preocupou em mudar. Interessantemente os Institutos Federais foram criados sem essa exigência. Além disso, os conselhos superiores e demais comissões colegiadas devem obedecer a proporção 70/30 de acordo com a LDB. O Estatuto e Regimento da UFRGS se tornou anacrônico e já não atende a realidade democrática, inclusiva e a diversidade que hoje vivemos. Dessa forma, nossa proposta é que através de uma estatuinte possamos trazer a UFRGS para o Século XXI e com isso incrementar os espaços democráticos através de uma atualização do Estatuto e Regimento superando de vez os limites por eles impostos.
PERGUNTA 2: Está em curso em nossa Universidade a discussão do Ensino Remoto Emergencial (ERE). A eventual implementação de atividades de ensino nestes moldes afetará as e os docentes nas suas práticas até então usuais, envolvendo intensificação do teletrabalho, necessidade de equipamentos e habilidades tecnológicas e a adequação das rotinas e espaços domésticos ao trabalho remoto. Como seu mandato apoiará as e os docentes em teletrabalho para evitar a sobrecarga e possibilitar adequação às necessidades do contexto de pandemia?
Estamos cientes de que também os docentes precisam se adequar à proposta do Ensino Remoto Emergencial. Aliás, o trabalho remoto, sendo uma novidade para todos, está a exigir que criemos rotinas adequadas para não ocorrer nem a sobrecarga nem a interferência na vida familiar dos nossos servidores e alunos. Estamos seguros que uma vez aprovado, a sua implementação será efetivada com as atribuições docentes distribuídas em cada departamento de acordo com as adaptações necessárias ao que já se fazia presencialmente.
PERGUNTA 3: Quais são as propostas de sua Chapa para tornar o orçamento da UFRGS mais participativo, transparente, acessível e compreensível? Se eleitas(os), quais as prioridades no orçamento da Universidade?
Da nossa lembrança essa foi a primeira gestão da Reitoria que sistematicamente discutiu o orçamente do ano e as perspectivas orçamentárias para o ano seguinte com os Diretores de Unidade em reuniões prévias às realizadas no CONSUN, quando novamente o Pró-Reitor de Administração e Planejamento, de forma didática e acessível, apresentava a situação orçamentária da UFRGS, como também recebíamos perguntas e sugestões tanto dos Diretores como dos Conselheiros. Além disso, as apresentações sempre foram enviadas ao conselheiros na expectativa que compartilhassem com suas comunidades essa informação. Na atual situação orçamentária das universidades é difícil falar em prioridades quando o pouco que se recebe precisa manter a universidade em funcionamento e comprar livros, equipamentos e realizar obras. Ainda assim, após o abandono da matriz ANDIFES pelo MEC ficou claro que é preciso buscar suplementar recursos orçamentários, especialmente para a infraestrutura em negociação direta com o MEC.