Confira a proposta da Chapa 3 e suas respostas às perguntas feitas pelo ANDES/UFRGS
PERGUNTA 1: Nos últimos anos, a comunidade da UFRGS promoveu diversos atos, ações e manifestações em defesa da democracia. Como pretendem fomentar e fortalecer a democracia interna na Universidade? Como entendem o papel e a colaboração das entidades representativas da UFRGS para com a democracia em nossa instituição?
Entendemos a democracia como o método que estabelece diálogo aberto com toda a comunidade, organizada institucionalmente ou em coletivos de qualquer natureza, ouvindo segmentos e respeitando as diferenças e posições. Temos compromisso, entre outros aspectos, com os que se encontram abaixo:
– Encaminhamento ao CONSUN, imediatamente após a posse, de proposta de alteração pontual do Estatuto e Regimento no que se refere à consulta para Reitor de modo a garantir a paridade entre os três segmentos e a vedação do quociente eleitoral;
– Congresso Universitário para discutir um novo Estatuto e Regimento da UFRGS;
– Plenárias periódicas, por campus e/ou segmentos, para discussão de problemas, para formulação de políticas, de propostas e para prestação de contas da administração central;
– Plano de Desenvolvimento Institucional (PLDI) em substituição ao atual PDI, a ser construído de baixo para cima, por toda a comunidade universitária por meio de assembleias;
– Criação de um fórum permanente para resolução de problemas e conflitos para toda a comunidade da UFRGS.
PERGUNTA 2: Está em curso em nossa Universidade a discussão do Ensino Remoto Emergencial (ERE). A eventual implementação de atividades de ensino nestes moldes afetará as e os docentes nas suas práticas até então usuais, envolvendo intensificação do teletrabalho, necessidade de equipamentos e habilidades tecnológicas e a adequação das rotinas e espaços domésticos ao trabalho remoto. Como seu mandato apoiará as e os docentes em teletrabalho para evitar a sobrecarga e possibilitar adequação às necessidades do contexto de pandemia?
A chapa tem se posicionado publicamente durante a campanha contra a forma como a discussão da retomada das atividades de ensino de graduação tem sido conduzida na UFRGS. Não se levou em conta o ensino básico do CAP nem a pós-graduação; houve demora no início das articulações institucionais e desequilíbrio na representatividade dos segmentos.
Há uma pressuposição de que todos docentes têm condições técnicas, materiais, psicológicas, de saúde e familiares para dar conta de cumprir todas suas atividades (não só de ensino) remotamente, mas isso nos parece outra falha do processo. Alguns departamentos fizeram essa sondagem com docentes, mas não houve iniciativa institucional. A implementação dessas medidas de trabalho remoto pode significar risco alto de precarização e intensificação das condições de trabalho.
Por isso temos uma proposta de fazer um Planejamento para os próximos semestre letivos, enquanto durar a pandemia, feito pelo Comitê de Monitoramento e Avaliação do ERE previsto, e a partir dos dados q eu forem levantados neste primeiro semestre de atividades remotas
PERGUNTA 3: Quais são as propostas de sua Chapa para tornar o orçamento da UFRGS mais participativo, transparente, acessível e compreensível? Se eleitas(os), quais as prioridades no orçamento da Universidade?
Consideramos que a administração deve ser realizada de modo coletivo e colaborativo. Para isto, é indispensável a efetiva participação da comunidade universitária e a descentralização administrativa como meios para superar as políticas de fragmentação de departamentos e unidades e o individualismo nas decisões. Nos comprometemos a reforçar e criar dispositivos para dar transparência às atividades, ações e atos administrativos, restabelecendo o diálogo e animando o debate em todas as instâncias da universidade.
Assumimos ainda:
– A defesa do financiamento pleno da Universidade para todas suas atividades, com Base na CF 1988;
– A avaliação coletiva das fontes e parcerias adicionais de financiamento, observando a Autonomia administrativa e didático-científica da Universidade;