As entidades representativas da comunidade universitária da UFRGS realizarão plenária geral nesta quinta-feira (29), às 18 horas, para discutir a intervenção na Universidade, o Ensino Remoto Emergencial (ERE) e a resistência ao governo Bolsonaro. A plataforma virtual será anunciada posteriormente, e as inscrições, obrigatórias, devem ser feitas até às 13 horas do mesmo dia, pelo link http://bit.ly/plenaria-ufrgs. O endereço para acesso será informado por correio eletrônico para os inscritos.
Além do ANDES/UFRGS, DCE, Assufrgs e APG, em conjunto com os Centros e Diretórios Acadêmicos estão mobilizados em defesa da autonomia universitária, ainda mais ameaçada desde a posse dos interventores Carlos Bulhões e Patrícia Pranke.
“A UFRGS não pode continuar sob intervenção, pois sob uma condução autoritária e antidemocrática, que é também incompetente, não prosperam ensino, pesquisa e extensão. Vivemos em uma universidade que não tem qualquer definição sobre o seu próximo semestre, sobre a realização do próximo ingresso de estudantes e sobre os os resultados efetivos do ensino remoto emergencial (ERE)”, diz nota conjunta emitida pelas entidades em 15 de abril.
#ForaBulhoes
Na terça-feira (20), ato simbólico exigiu a destituição da Reitoria interventora, que descumpriu a Resolução 62/2021 do Conselho Universitário (Consun) e manteve as reformas estruturais implementadas arbitrariamente em setembro.
A deliberação do Consun ocorreu em 15 de março, depois de meses de tentativas interrompidas e prejudicadas por manobras regimentais. No entanto, ignorando novamente a democracia dentro da Universidade, a Reitoria descumpriu a determinação – cujo prazo expirou em 12 de março.
“Seguimos lutando por algo que deveria ser premissa da Reitoria de uma universidade pública: respeito à comunidade acadêmica e diálogo. Desde a intervenção e posse da gestão interventora, o que se viu foram condutas autoritárias, desconsideração à democracia e desconsideração às reivindicações de docentes, estudantes e técnicos, em uma atuação afinada com o processo de interferência adotado pelo governo Bolsonaro”, afirma a professora Rúbia Vogt, presidente do ANDES/UFRGS.