Entidades nacionais lançam manifesto em defesa da Educação

Entidades sindicais e estudantis lançaram, na quarta-feira (16), um manifesto em defesa da Educação pública. O documento, assinado pelo ANDES-SN juntamente com Sinasefe, Fasubra, Ubes, Fenet, UNE e ANPG, foi elaborado durante Plenária Nacional da Educação.

Durante a reunião virtual, foram debatidos os cortes orçamentários propostos pelo governo Bolsonaro para 2021, os ataques à autonomia e à democracia em universidades, institutos federais e Cefets e, ainda, a necessidade de mobilização para que o retorno das aulas presenciais aconteça somente após a vacinação em massa.

O objetivo do manifesto é alertar a sociedade sobre a atual conjuntura de ataques ao ensino superior pelo governo Bolsonaro. Entre as lutas apontadas, estão a recomposição do orçamento das universidades públicas, a revogação da Emenda Constitucional (EC) 95/16 e a posse dos reitores e reitoras escolhidos pelas comunidades das instituições de ensino.

 

Ato em Porto Alegre

Por direitos, salário digno, 13º, pagamento dos dias de greve, concurso público e respeito, educadores e educadoras da rede estadual encenaram a “ceia magra” nesta terça-feira (22), em Porto Alegre. A manifestação aconteceu em frente ao Palácio Piratini, no centro da cidade.

A categoria, que completou seis anos com reajuste zero e salários corroídos pela inflação em novembro, descreveu em cartazes seus sentimentos e desejos, além dos “presentes” que recebeu do governador Eduardo Leite neste fim de ano, como miserabilidade, desvalorização, sobrecarga e fome de justiça e reconhecimento.

A passagem de 2020 consolidou a retirada de direitos pelas reformas do governo gaúcho, o confisco de salários dos aposentados(as), a redução do adicional de Difícil Acesso e o fim de vantagens temporais, entre outros ataques.

O Executivo também se aproveitou da pandemia para fazer avançar a mercantilização do ensino e a terceirização, impor jornadas extenuantes sem oferecer condições mínimas de trabalho remoto, extinguir centenas de turmas de EJA, reduzir turnos e fechar escolas. Agora, vidas são colocadas em risco pela desastrosa administração estadual, que retoma as aulas presenciais em bandeira vermelha e se recusa a realizar testes e fiscalizar o cumprimento de protocolos.

“É um Natal triste, mas de luta. Neste fim de semana, um desembargador, do alto de sua torre de marfim, que tem todos os benefícios em dia, cassou a liminar do 13º. O Judiciário não tem a mínima empatia com os servidores do Executivo e fecha os olhos para a realidade da classe trabalhadora”, lamentou a presidente do Cpers-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

Nos dias 28 e 29 de dezembro, com a possibilidade de votação da PEC do Teto de Gastos (289/2020), que congela investimentos e, consequentemente, os salários da categoria por mais 10 anos, a entidade fará novo ato simbólico caso haja convocação extraordinária dos deputados.