Milhares de servidoras e servidores públicos federais, estaduais e municipais se reuniram virtualmente, nos dias 29 e 30 de julho, para discutir os impactos da reforma Administrativa e preparar um Plano Nacional de Mobilização para o próximo período. O Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público aprovou uma Greve nacional para o dia 18 de agosto, com a realização de um dia de luta da classe trabalhadora.
O evento registrou inscrições em todos os 26 estados brasileiros e também no Distrito Federal. Ao todo, foram 4.448 participantes – sendo 43% de servidoras e servidores municipais, 29% estaduais, 24% federais e 4% de outras categorias.
“As justificativas dadas pelo governo, mídia hegemônica e apoiadores para a aprovação da PEC 32/2020, de que irá acabar com os privilégios das e dos servidores públicos e que a crise do Estado é culpa das e dos servidores públicos, são um jeito de dividir a classe trabalhadora e isolar as servidoras e os servidores. Precisamos combater essa ideia, pois, se aprovada, a PEC irá acabar com unidades básicas de saúde, creches, escolas e universidade públicas, atingindo o conjunto da classe trabalhadora, que necessita desses serviços”, lembrou Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, na plenária de abertura.
O evento também contou com palestras de Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida, e de Fausto Augusto Júnior, coordenador-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na UFRGS, a adesão ao 18 de agosto será deliberada em Assembleia Geral Docente no dia 12 de agosto, às 17h. A pauta também inclui a intervenção na Universidade. Para participar, acesse aqui.
Manifestação em Brasília
Na terça-feira (3), dia em que deputados e senadores retomaram o trabalho no Congresso Nacional, trabalhadores do setor público e centrais sindicais realizaram manifestação em Brasília para expressar repúdio contra a PEC 32 (foto). Segundo os organizadores, entre 2 e 3 mil pessoas participaram da mobilização.
A Reforma Administrativa proposta pelo governo federal não inclui os altos escalões da Justiça, do Ministério Público e Defensoria Pública e nem as Forças Armadas. “É mais do que um ataque, é um desmonte total, é a ofensiva do capital para tomar de assalto o serviço público”, afirmou Antonio Augusto Medeiros, presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs), que esteve no ato.
Ao final da manifestação, foi protocolado na Câmara dos Deputados o Manifesto do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Serviço Público, elaborado no Encontro. Para ler o documento na íntegra, clique aqui.