Em Porto Alegre, Fora Bolsonaro e Mourão reúne multidão nas ruas

Milhares de pessoas voltaram às ruas de Porto Alegre no sábado (2), em uma nova mobilização pelo Fora Bolsonaro e Mourão. Faixas, bandeiras e cartazes denunciando as políticas genocidas e a escalada da inflação, do desemprego, do desmonte dos serviços públicos e das privatizações tomaram conta do largo Glênio Peres, de onde partiu caminhada rumo ao Largo Zumbi dos Palmares.

Segundo estimativa dos organizadores, mais de 80 mil pessoas estiveram presentes na manifestação, que também denunciou o desmonte do Rio Grande do Sul e reforçou o Plebiscito Popular sobre as Privatizações, de 16 e 24 de outubro.

Só no estado, mais de 40 municípios registraram atos presenciais. No Brasil e em outros países, foram mais de 300 cidades mobilizadas.

Pressão em Brasília

Em Brasília, onde diversas entidades sindicais realizam vigília para barrar a PEC 32/2020 na Câmara, a Esplanada dos Ministérios foi tomada pela classe trabalhadora.

“Tudo caro? Culpa do Bolsonaro”, diziam alguns dos cartazes, enquanto outros pediam a saída de militares dos cargos no governo e a exoneração do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O ANDES/UFRGS, que participa da mobilização nacional, esteve presente no ato. “Estamos numa crise sem precedentes, a qual só foi agravada pela pandemia e pelo desgoverno de Bolsonaro. A população está sem emprego, passando fome e morrendo de Covid. As notícias de irregularidades na condução de ações de enfrentamento à Covid-19 abundam. Diante desse cenário, a proposta do governo é a PEC 32, que acaba de vez com o serviço público, tão necessário às pessoas, como nos mostra a própria pandemia e sua necessidade de vacinação e atendimento de saúde, educação, assistência social. O ANDES Sindicato de Nacional não sairá de Brasília e enquanto a PEC 32 não for enterrada. Emendas e substitutivos não nos servem! Dia 02, reafirmamos que basta desse desgoverno para o qual a vida e a dignidade nada importam”, relata Rúbia Vogt, que representou a Seção Sindical na capital federal.

Executivo genocida

A indignação da população já se confirma nos dados do próprio governo: segundo o Cadastro Único, pelo menos 2 milhões de famílias entraram para a condição de extrema pobreza entre janeiro de 2019 e junho deste ano.  Com isso, já são 14,7 milhões de brasileiros vivendo com menos de R$ 89 por mês.

O custo de vida também não para de crescer. A cesta básica ficou, em média, 22% mais cara nos últimos 12 meses, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), enquanto 14 milhões de pessoas enfrentam o desemprego e mais de 50 milhões vivem na informalidade.

Novos protestos contra o governo genocida estão sendo organizados para 15 de novembro, dia da Proclamação da República.