O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) informou que dois membros da organização foram assassinados na noite de quinta-feira (30), no Assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul. As vítimas foram Adão do Prado, 59 anos, e Airton Luis Rodrigues da Silva, 56.
Segundo relatos, os dois estavam na casa de Adão quando homens armados chegaram de carro e executaram os dois em frente a familiares. Ainda de acordo com o MST, não há informações sobre os autores do duplo assassinato nem os motivos do crime.
“Militantes do MST desde 2000, os companheiros Adão e Airton participaram de muitas lutas por Reforma Agrária, marchas e ocupações até chegar na conquista da terra no ano de 2005. Participaram ativamente da vida comunitária, da produção agroecológica, e sempre foram solidários. O MST se solidariza com familiares e amigos das vítimas e exige justiça”, diz nota da entidade.
“Reforçamos o nosso apoio a um movimento que luta historicamente pelo direito ao trabalho na terra”, aponta a professora da Escola de Administração da UFRGS e Diretora da Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS, Julice Salvagni. “O êxito do MST permitiu uma mudança no cenário da agricultura familiar no Brasil das últimas décadas, fomentando práticas como as de organização política e social, cooperação e produção orgânica”, complementa.
O ANDES/UFRGS juntou-se a Sindoif, APG-UFRGS, DCE da UFRGS, DCE da UFCSPA e APG UFCSPA em um Manifesto de Solidariedade ao MST em que exigiu das autoridades a imediata identificação dos autores e a punição dos culpados.