Iniciada a vacinação de professores e outros trabalhadores da educação infantil e básica no Rio Grande do Sul, docentes de graduação e pós-graduação da UFRGS ainda não têm previsão de data. A informação recebida da administração central por diretores de unidade é de que servidores da Universidade, na qualidade de trabalhadores da educação, só serão imunizados em Porto Alegre, independentemente de onde residam – exceto no caso do Campus do Litoral Norte, onde haverá campanha específica.
Por enquanto, a prefeitura da capital só informou que pretende vacinar todos os profissionais da educação de escolas públicas e privadas em junho, sem menção ao ensino superior. Na rede municipal, primeira a ser contemplada no esquema de Porto Alegre, os profissionais começaram a ser vacinados na terça-feira (1), com estimativa de conclusão até quinta (3).
“A ordem de prioridade deverá seguir a nota técnica nº 717/2021/MS: creches, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA e na sequência os trabalhadores da educação do ensino superior, sempre priorizando os trabalhadores envolvidos na educação dos indivíduos mais jovens”, diz documento enviado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Além de documento com foto e CPF, a/o docente deverá entregar uma declaração de vínculo emitida pela instituição de ensino, que será retida no local de aplicação das doses. A Reitoria Interventora informou às direções de unidade que como há tempo para que a vacina efetivamente ocorra será verificador junto ao CPD uma solução eletrônica para fornecimento da referida declaração.
Incerteza quanto a docentes da Educação Básica das IFES
Apesar da sensação de que a hora da vacinação começa a se aproximar, há uma confusão sobre a vacinação de professores da carreira EBTT das Instituições Federais de Ensino, como é o caso do Colégio de Aplicação (CAp) da UFRGS e do IFRS. Enquanto o Plano Nacional de Imunização separa os educadores por níveis, começando pela educação infantil e avançando por faixa etária de alunos, a Prefeitura de Porto Alegre acrescentou o critério de redes, que começa por instituições municipais e comunitárias e, na sequência, estaduais e privadas. Apesar de contemplados pelo plano nacional de vacinação as e os trabalhadores desse grupo têm encontrado dificuldade de receberem o imunizante nos locais indicados pela Secretaria Municipal de Saúde.
A professora Evelin Biondo, do CAp, conseguiu ser vacinada depois de argumentar com a equipe de Saúde. Com a declaração fornecida pela Direção do Colégio em mãos, chegou a ser alertada sobre não estar incluída na norma, mas resolveu ir para a fila e, após conversa com a chefia da UBS do Campus Saúde, recebeu a primeira dose. “Outros três colegas tentaram depois e não conseguiram, mas não sei o motivo”, comenta a docente, frisando que outros professores do CAp também conseguiram ser imunizados em outros locais.
Na quarta-feira (2), a assessoria jurídica do ANDES/UFRGS e do SindoIF encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde solicitando a inclusão da categoria, com objetivo de formalizar algo que, pela norma nacional, já está definido.