Dia Mundial da Saúde é marcado por recorde de mortes pela Covid-19 no Brasil

Em pleno Dia Mundial da Saúde, o Brasil contabiliza mais um recorde de mortes pela Covid-19. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), outros 4.195 foram contabilizados em 24 horas, o que equivale a uma pessoa perdendo a vida a cada 20 segundos pela doença.

Ao todo, quase 337 mil pessoas já perderam suas vidas na pandemia no país, que, desde o início de março, é a nação em que mais pessoas morrem em decorrência do novo coronavírus.

Em defesa da vida

Diversas ações simbólicas ocorreram em cidades brasileiras ao longo desta quarta-feira (7) para marcar o Dia Mundial da Saúde, que coincide com a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948. Em Brasília, um ato foi realizado na Praça dos Três Poderes, às 16 horas.

As atividades integram a jornada de luta em defesa da vida e do SUS e de luto pelas vidas perdidas na pandemia, organizada pela Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde (FNCPS).

A FNCPS lançou também um manifesto que aponta uma série de medidas emergenciais para  combater a pandemia, como acelerar a vacinação, lockdown em todo país, auxílio emergencial efetivo, mais financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), e andamento, na Câmara dos Deputados, aos pedidos de impeachment de Bolsonaro.

“A pandemia está sem controle, o sistema de saúde em colapso, a vacinação segue lentamente e caminha-se para um colapso funerário de dimensões catastróficas. A crise sanitária é também humanitária, com altas taxas de transmissibilidade, de contaminação e de mortes pela Covid-19”, diz o documento, lamentando que o Brasil, país que tem o SUS como referência para o mundo, tenha se transformado no epicentro mundial da pandemia.

Também houve ato simbólico do Conselho Nacional de Saúde na Praça dos três Poderes, em Brasília (DF).

Porto Alegre

Em Porto Alegre, cruzes e um caixão foram expostos em frente à Prefeitura pela manhã, em protesto contra o descaso das autoridades diante do colapso da saúde. Em seguida, a manifestação seguiu em marcha fúnebre até a Praça da Matriz, para um ato em frente ao Palácio Piratini.

Enquanto o Rio Grande do Sul soma mais de 21 mil vidas perdidas, o prefeito da Capital, Sebastião Melo, juntamente com outros governantes municipais, seguem pressionando por mais flexibilização do comércio, mesmo durante a bandeira preta. Conforme dados da Secretaria de Saúde da cidade, 3776 óbitos já foram confirmados pela doença, e a ocupação das UTIs, mesmo que tenha apresentado queda, segue acima dos 100%.

 

Confira abaixo outras ações da jornada já agendadas:

Quinta-feira (8):

Entrega de Carta Aberta ao Povo Brasileiro, da Frente Pela Vida e do Conselho Nacional de Saúde, ao STF.

Sexta-feira (9)

Ato com velas em Florianópolis, no Largo da Catedral.

Ato em defesa do SUS e da vida e em solidariedade aos profissionais de saúde, em frente ao Instituto Butantã, em São Paulo.

Ato em defesa do SUS e da vida e em solidariedade aos profissionais de saúde, em frente a Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro.