Dia do Servidor Público é marcado por ato contra a Reforma Administrativa

Os riscos iminentes da Reforma Administrativa (PEC 32/2020) proposta pelo governo Jair Bolsonaro foram pauta principal do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos, realizado nesta quarta-feira (28) – data que também marcou o Dia do Servidor Público. Em Porto Alegre, a manifestação aconteceu em frente ao prédio da Prefeitura, denunciando a política de sucateamento dos serviços públicos no país, que afeta toda a população.

O ato, organizado pela Frente de Servidores Públicos (FSP/RS), contou com a participação de representantes de mais de 30 entidades do serviço público federal, estadual e municipal. O ANDES/UFRGS esteve presente.

“A Reforma Administrativa é uma destruição do estado brasileiro, que oficializa a rachadinha, o toma lá da cá. Não podemos sucumbir a esse projeto liberal, privatista. Precisamos lutar, precisamos avançar na construção de um serviço público forte, íntegro e que atenda a necessidade do povo brasileiro”, afirmou o professor Guilherme Dornelas, diretor da Seção Sindical, ressaltando que o governo federal está destruindo a educação, a pesquisa e a saúde públicas em meio à pandemia.

“O governo diz que a reforma vai combater privilégios, mas isso não é verdade, tanto que os militares, políticos e os altos do funcionalismo (magistrados, procuradores) não estão incluídos. E também esconde que este projeto busca desobrigar o governo a oferecer serviços públicos gratuitos e, inclusive, transferir à iniciativa privada muitos serviços públicos, o que poderia acabar com a gratuidade de acesso”, acrescenta Mariane Quadros, coordenadora da Assufrgs.

A servidora lembra, ainda, que as promessas feitas em torno das reformas trabalhista e previdenciárias, que na prática não mostraram os resultados anunciados, não tiraram o país da crise. “Agora, a pauta está na Administrativa, que na verdade vai aniquilar os serviços públicos. Precisamos do oposto: de mais serviços públicos de qualidade, e não do fim de algo essencial à população”.

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