O Instituto de Letras sediou, na quinta-feira (21), uma mesa redonda para discutir o tema “Democracia na Universidade: Processos eleitorais em unidades da UFRGS”. O evento abordou os processos eleitorais que adotam regras mais democráticas — dentro do espírito da LDB e da constituição brasileira — na escolha das direções para os Institutos, Faculdades e demais unidades da UFRGS. O próximo processo eleitoral acontecerá em 2020.
O debate a respeito desse tema foi um compromisso de campanha da atual direção do Instituto, composta pelos professores Sérgio Menuzzi e Beatriz Gil, cuja candidatura nasceu, em 2016, de um movimento de professores que aderiu a mobilizações pela defesa da democracia.
Convidado para a mesa redonda, o diretor da Faculdade de Educação, professor César Machado Lopes, relatou a experiência da unidade em montar um GT para estudar o assunto e propor soluções, considerando a participação de todas as categorias da comunidade acadêmica.
Representando o IFCH, onde o processo paritário foi uma demanda dos técnicos, Gabriel Focking, atual representante dos técnicos no Consun, mostrou que não existem empecilhos para uma consulta do tipo. Segundo ele, a reserva de 70% dos votos para professor fica restrita aos conselhos de unidade, onde é definida a lista tríplice – que não é o mesmo que a consulta. Focking também destacou a importância de valorização das categorias na universidade.
“Estamos discutindo retrocessos, quando deveríamos estar discutindo outras paridades, como paridade de gênero”, lamentou a professora do Colégio de Aplicação Rúbia Vogt, presidente do ANDES/UFRGS. “Estamos vendo o quanto tem sido desrespeitada a lista tríplice e o quanto tem sido importante a resistência”, lembrou.