A próxima quinta-feira (11), data em que se comemora o Dia do Estudante, será mais um dia de tomar as ruas de todo o Brasil em defesa da democracia. Em Porto Alegre, as comunidades universitárias da UFRGS, UFCSPA e do IFRS realizarão ato unitário com concentração a partir das 10h, em frente à Faculdade de Educação (Faced), convocadas pelas entidades representativas ANDES/UFRGS, Assufrgs, SindoIF e DCE, além das centrais sindicais. Estudantes secundaristas, mobilizados pela União Geral dos Estudantes Secundaristas (UGES), também se unirão à manifestação.
Às 11h, haverá leitura, na Faculdade de Direito, da “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito“, que já reuniu mais de 790 mil assinaturas em defesa da democracia e do processo eleitoral após seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. O ANDES-SN é uma das entidades signatárias do documento, que também será lido solenemente na sede da Faculdade de Direito da USP, onde, em 1977, foi realizada manifestação para denunciar a ditadura civil-militar que perseguiu e torturou milhares de opositores ao regime, deixando centenas de mortos e desaparecidos.
Em defesa da democracia e da Educação
Com o mote “Voltar às ruas em defesa da democracia e de eleições livres e contra a violência política”, a mobilização é mais uma reação à escalada golpista do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro.
O eixo da mobilização na capital gaúcha inclui, ainda, o repúdio contra os sucessivos ataques à educação, que vêm levando o ensino superior público do país ao colapso.
Só em 2022, foram cortados mais de R$ 400 milhões em gastos de custeio, que afetam o pagamento de contas como energia e água, além das bolsas estudantis e dos trabalhadores terceirizados.
“A derrota de Bolsonaro nas urnas será tão mais contundente quanto maior for nossa capacidade de dialogar com a população nas ruas, apontando todas as mazelas destes 4 anos de governo da morte. Não é razoável esperar que uma campanha à distância, apenas nas redes sociais, tenha força suficiente para mudar esse cenário perverso”, conclama André Martins, presidente do SindoIF.