O ANDES/UFRGS participa, nesta quarta-feira (18), de debate sobre a forma de eleição para a Reitoria da Universidade. O evento acontece às 9h30, no Salão de Atos, e contará com representantes de diversas entidades da comunidade universitária para discutir o processo de consulta pública para reitor, que ocorre em 2020.
A Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS estará representada no debate pela sua presidente, Rúbia Vogt, que apontará considerações do Sindicato Nacional sobre o tema – que compõem o Caderno 2, material que consolida as propostas da entidade para a universidade brasileira. Entre os pontos abordados na publicação, estão os princípios de gestão democrática das universidades e a defesa da representação paritária de docentes, estudantes e técnico-administrativos nos colegiados superiores e nos colegiados das unidades, eleitas pelas respectivas categorias.
O ANDES-SN defende que reitor e vice-reitor sejam escolhidos por meio de eleições diretas e voto secreto, com a participação, universal ou paritária, de todos os docentes, estudantes e técnico-administrativos, encerrando-se o processo eletivo no âmbito da instituição. Em 2016, o ANDES/UFRGS apresentou, em carta aos candidatos, o entendimento do Sindicato Nacional.
Processos anteriores
Desde os anos 1990 até 2008, foi adotada na UFRGS a fórmula 40-30-30 (40% para docentes, 30% para técnico-administrativos, 30% para estudantes). Mas, em 2008, a maioria da Comissão Eleitoral aplicou um fator redutor sobre os votos dos estudantes, alegando baixo comparecimento. Nas consultas realizadas em 2012 e 2016, a consulta para eleição da reitoria foi realizada atribuindo 70% do peso dos votos aos professores, enquanto alunos e técnicos-administrativos tiveram peso de 15% cada.
Em junho de 2016, representantes de docentes, técnicos e estudantes propuseram no Conselho Universitário que o debate sobre a paridade integrasse as ações do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). A proposta foi rejeitada pela maioria do Consun. No Consun, 70% dos membros são docentes e, destes, a maioria são diretores de unidades.
Segundo levantamento da UnB agência, das 54 universidades federais brasileiras, 37 delas (68% do total) adotam modelo paritário nas eleições.
Assufrgs defende paridade nas eleições
A Assufrgs, que também participará da mesa, convocou paralisação dos servidores técnico-administrativos em Educação da Universidade para lotar o Salão de Atos em defesa da paridade.
Também estarão presentes na atividade representantes da Andifes, APG, Atens, Adufrgs e do DCE. Toda a comunidade acadêmica está convidada a participar.
Às 14h30, acontece painel sobre percepção normativa da pauta.