Comunidade do Instituto de Psicologia “NÃO vai deixar a casa cair!”

Ato da última quarta-feira, 06, deixou claro: a Comunidade do Instituto de Psicologia “NÃO vai deixar a casa cair!”

Na última quarta-feira 06, cerca de 60 membros da comunidade do Instituto de Psicologia (I.P.), 40 dos quais docentes, compareceram ao Ato “Não Deixe a Casa Cair!”. Compareceram, também, em solidariedade e apoio, alguns docentes de outras Unidades, representantes da Seção Sindical do ANDES-SN e da APG (Associação de Pós-Graduandos).

Realizado em frente ao prédio da antiga Escola Técnica (denominado agora de Anexo 1 do Campus Saúde), o Ato foi convocado para chamar a atenção sobre as condições precárias em que a comunidade do Instituto de Psicologia (I.P.) se vê obrigada a desenvolver as atividades de ensino, pesquisa e extensão, desde que foi desalojada de seu prédio (interditado totalmente desde 05 de dezembro de 2014).

Problemas existentes

Foram abordados os problemas existentes: não há acesso à biblioteca nem aos laboratórios, pois estes estavam e continuam no prédio interditado; as turmas de aulas são espalhadas e disseminadas em vários prédios (Anexo 1 da Saúde, Colégio Estadual Júlio de Castilhos – o Julinho, Escola Estadual Paula Soares, Faculdade de Educação…); a Comunidade fica fragmentada, se deslocando de prédio em prédio; poucos espaços para orientação a grupos de estudantes, realização de eventos; dificuldades na gestão das atividades de limpeza do Anexo I do Campus Saúde, banheiros sem condições de uso, etc.

Reflexos dessa situação para os próximos anos

Foram também levantados os reflexos dessa precariedade para os próximos anos: que profissionais, que pesquisadores, que mestres e doutores estão sendo formados? Sem biblioteca, sem Laboratórios, sem o lastro de “material” e experiências que isso implica?

Falta de segurança

Houve também referência à falta de segurança nos arredores do Anexo 1 da Saúde, e em outros locais que os docentes, funcionários e alunos frequentam para as atividades acadêmicas.

Muitas perguntas

Numerosas foram as perguntas que surgiram no decorrer das intervenções.

Quando será a devolução do Prédio à comunidade do Instituto de Psicologia? A previsão inicial da Reitoria era maio. Foi adiada para julho. Ninguém acredita mais neste prazo, pois, até agora, apenas um andar foi reformado; sobram três a reformar!

Por que não está sendo aproveitado o atual período de reformas para também tocar as obras de modernização dos elevadores? Iniciadas no primeiro semestre de 2014, foram inexplicavelmente… suspensas, com previsão de retomada apenas depois de completada a reforma do prédio.

Por que  (para desespero dos técnicos em informática) foi arrancada a fiação da rede de informática?

Por que as constantes trocas de empresas? Por que as empresas contratadas de repente abandonam as obras? Por que tantos problemas de licitação?

Perguntas,… sem respostas: falta quase total de informações

Uma das queixas frequentes, uma das mais sentidas, foi a respeito da falta de comunicação com a Administração Central e a inexistência de repasse de  informações precisas e atualizadas, como se não houvesse necessidade de manter informada a Comunidade do I.P.

Somos vistos como “inconvenientes”

Uma professora mencionou que parecem ser encarados como “inconvenientes”, pela Administração Central, os membros da Comunidade do I.P. que percebem as más condições de trabalho e ensino geradas pela interdição do Prédio e que, reagindo a elas, formulam perguntas, questionam, duvidam, manifestam. Sejamos então “inconvenientes”, concluiu!

Um pedido formal de esclarecimentos e providências vai ser encaminhado à Reitoria.

Solidariedade de membros de outras Unidades

Docentes, estudantes e técnico-administrativos de outras unidades se manifestaram em solidariedade ao I.P.

Foram relatados casos de precariedade em outras Unidades, que revelam o crescimento dos problemas de infraestrutura na UFRGS.

Nas intervenções, foi aventado que as causas são não somente devidas à redução de investimentos federais na Universidade Pública, mas, também, a problemas  como omissão, falta de democracia e discussão, falta de transparência e, mesmo, má gestão.

Outros atos e atividades

Outros atos e atividades estão marcados para acontecer, em outras unidades, para discutir assuntos que também são de vital importância para nossa Universidade como a desestruturação da carreira docente e a terceirização. Informe-se. Agende-se.

A Comunidade do Instituto de Psicologia deixou claro: NÃO vai deixar a casa cair…

…e NÃO quer que a Universidade Pública pague pela crise!