No dia 13 de outubro, o Colégio João XXIII organizou um debate sobre os projetos Escola sem Partido, com a comunidade de alunos, familiares e professores da escola. O debate foi coordenado pela presidente da Fundação Educacional João XXIII, Laura Eifler Silva, e mediado pelo professor de história do Colégio, Rogério Carriconde.
O vereador Valter Nagelstein foi convidado para apresentar seu projeto, encaminhado à Câmara Municipal de Porto Alegre; e a Frente Gaúcha Escola sem Mordaça foi convidada para apresentar sua posição contrária ao projeto. A Frente foi representada pela professora Elisabete Búrigo, doutora em Educação e diretora da Seção Sindical ANDES/UFRGS. Participaram também do debate o advogado José Antonio Rosa, favorável ao projeto, e Fernando Nicolazzi, pai de estudante e professor de História da UFRGS.
O evento havia sido divulgado como um “bate-papo”, uma troca de ideias em um ambiente cordial. O vereador, que foi acompanhado de um grupo de apoiadores, tentou criar um clima espetaculoso e de animosidade. Após o debate, o professor Fernando Nicolazzi publicou um texto reflexivo intitulado “Valter Nagelstein e a educação extirpada”. Francisco Marshall, que também é pai de estudante da escola e professor da UFRGS, publicou uma “Carta Aberta a Valter Nagelstein”.
O Colégio publicou uma notícia e uma nota, no dia 19 de outubro, da qual destacamos o final: “A tradição democrática, pluralista e acolhedora do João XXIII assegura o direito de expressão de todas as opiniões. A posição do Colégio João XXIII, fundamentada em seus princípios filosóficos, é garantir que todos tenham a oportunidade de expor seu pensamento. Ao fazer isso, o João XXIII reafirma seu vanguardismo e sua confiança no corpo docente, propiciando à comunidade do Colégio a discussão de temas polêmicos da contemporaneidade. Sempre foi e continuará sendo assim”.