Centrais promovem novo ato unificado no dia 12 de julho 

08 de julho de 2019


Nos meses de julho e agosto, as centrais sindicais de todo o país vão intensificar as mobilizações contra os cortes nos orçamentos de universidades, institutos e Cefets e contra a Reforma da Previdência. O próximo ato unificado acontece na próxima sexta-feira, dia 12 de julho, em Brasília.

A manifestação, convocada por estudantes e profissionais da Educação em defesa da aposentadoria e da educação, foi organizada para coincidir com cronogramas da UNE, que realizará seu Congresso (CONUNE) entre 11 e 14 de julho, do ANDES-SN, que estará realizando seu 64º Conad, e do Sinasefe, que reunirá sua Plenária Nacional, todos na capital federal. As entidades sindicais, que apoiam e participarão da agenda, também têm orientado mobilizações nos estados e cidades, reforçando, por exemplo, a coleta do abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência.

Em Porto Alegre, na quarta-feira dia 10, haverá vigília unificada contra a Reforma a partir das 17h, em frente à sede do INSS (Travessa Mario Cinco Paus). Na sexta-feira, 12, a concentração terá início às 17 horas, no pátio da Faculdade de Educação da UFRGS (Faced), para caminhada em direção ao centro da cidade.

Contra os ataques à população

Como parte do calendário de lutas, na última terça-feira (2), em vários aeroportos do país, deputados que embarcavam para o Distrito Federal foram recepcionados por manifestantes que cobraram dos congressistas um posicionamento contra a PEC 6/2019. Com faixas e cartazes, os atos alertaram para os graves ataques contidos na Reforma, que retira direitos de todos.

Em nota, as entidades reafirmaram o posicionamento contrário ao relatório do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), chamado de “acordão”, e convocaram estado de mobilização permanente, mesmo durante o recesso do Congresso, que começa no dia 18 de julho.  “Todo o tipo de fisiologismo foi utilizado nesse processo, inclusive a compra de deputados federais a peso de ouro, como os R$ 40 milhões liberados pelo governo para que votassem a favor do relatório. A versão aprovada é ainda pior que as anteriores, mantém a essência do ataque aos trabalhadores, além de proteger os interesses do agronegócio, isentando os ruralistas de pagar sua contribuição”, frisa a CSP-Conlutas em seu site.

As votações no Plenário devem começar na quarta-feira (10). “Na essência, o projeto mantém o aumento da idade mínima, do tempo de serviço e a redução dos salários pela mudança de cálculo para a aposentadoria. Isso é a prova mais do que concreta de que não há nada para se negociar nessa reforma”, lamenta a entidade, lembrando que a aprovação do texto só foi possível por uma armação política e um grande acordo envolvendo parlamentares, governadores e sindicalistas em benefício do capital.

“É preciso denunciar essa tentativa de acordo, que joga contra a luta dos trabalhadores para derrotar a reforma da Previdência. Quem negocia, trai! Não há negociação com o governo e/ou com esse parlamento que mude o caráter regressivo dessa reforma. O único caminho para a classe trabalhadora é derrotar esse projeto.”

13 de agosto

No dia 13 de agosto, haverá uma paralisação nacional da educação, reunindo novamente as organizações sindicais e sociais que atuam no ensino básico e no superior. Nessa data, será feita a entrega ao Congresso Nacional das assinaturas coletadas em todo o país contra a Reforma da Previdência. A CSP-Conlutas, juntamente com as demais centrais sindicais, espera que a data se consolide como uma nova Greve Geral, com mobilizações semelhantes ou maiores que as registradas no 14 de Junho.