Ato simbólico contra intervenção na UFRGS intensifica pressão pela destituição

A terça-feira (21), data em se completou um ano da posse da Reitoria interventora da UFRGS, foi dia de protesto no Campus Central. Estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação realizaram ato simbólico exigindo a destituição de Carlos Bulhões e Patrícia Pranke, Reitor e Vice-Reitora nomeados arbitrariamente pelo governo federal em setembro de 2020.

A manifestação foi organizada pelas entidades representativas da comunidade universitária, que desde a nomeação vêm se posicionando e lutando contra o autoritarismo da Reitoria interventora e pelo seu afastamento.

“A posse de Bulhões e Pranke, chapa menos votada em todos os segmentos, foi um afronte à democracia. Infelizmente, não surpreende que a nomeação dessa Reitoria interventora parta de um governo que não tem qualquer apreço pela educação. Mas o projeto bolsonarista não vai vingar em nossa Universidade: hoje completa-se um ano de resistência à intervenção na UFRGS, em defesa da autonomia universitária e contra a destruição das universidades federais que esse governo tenta promover. Nossa luta em defesa dos serviços públicos segue!”, afirma Rúbia Vogt, presidenta da Seção Sindical, que participou da mobilização.

Destituição

O encaminhamento da destituição de Bulhões e Pranke já foi aprovado pelo  Conselho Universitário (Consun), que encaminhou solicitação ao Ministério da Educação (MEC) em agosto, mas a pasta não tem prazo para uma definição.

A decisão foi tomada em cumprimento à Resolução 149/2021, originada a partir do Parecer 80/2021, elaborado pela comissão paritária que analisou as condutas autoritárias da gestão –  em especial, o descumprimento da Resolução 62/2021, que desaprovou as mudanças estruturais implementadas sem diálogo com a comunidade e em desrespeito ao Regimento e Estatuto da Universidade.

A UFRGS é uma das 23 IFEs que tiveram seus processos eleitorais desrespeitados pelo governo Bolsonaro – conduta intervencionista que não acontecia desde 1998. O ANDES/UFRGS seguirá vigilante e ativo na defesa da democracia e da autonomia universitárias. Fora interventores! Fora Bolsonaro e Mourão!