A Seção Sindical do ANDES-SN na UFRGS convoca as e os docentes da Universidade para Assembleia Geral nesta quarta-feira (3), às 12h, para deliberar sobre adesão à greve sanitária, trabalho docente no ERE e reestruturação administrativa da UFRGS. O acesso pode ser feito por aqui.
A possível paralisação é uma resposta à insistência do governo federal de retomar as atividades presenciais antes da vacinação em massa, e foi definida em conjunto pelos setores das Instituições Federais de Ensino (IFEs) e Instituições Estaduais e Municipais de Ensino (IEEs/IMEs), baseada em decisão do 9º Conad Extraordinário do ANDES-SN.
“A reunião com as seções sindicais do ANDES-SN foi decisiva para reafirmar a defesa da vida e da Educação Pública. Não aceitaremos retornar às atividades presenciais sem as condições sanitárias, entre elas a vacinação em massa da população. Se for preciso construiremos uma greve sanitária em conjunto com outras entidades ligadas à Educação”, comenta Regina Moreira, secretária-geral do Sindicato Nacional.
O MEC tem pressionado o retorno presencial por meio da Portaria nº 1.038 de 07.12.2020, que prevê recomeçar as aulas presenciais em 1º de março de 2021.
Direito legítimo
A greve sanitária é um direito legítimo de todos os trabalhadores (inclusive em estágio probatório), que tem como base legal a convenção 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil em 29 de setembro de 1994.
Ampara-se na ausência de condições adequadas para afastar riscos graves e iminentes de exposição no ambiente de trabalho e no deslocamento, destacados em orientações de órgãos e entidades de saúde.
1º de fevereiro: Dia Nacional de Luta em Defesa da Vacina Para Todos e Todas
Nesta segunda-feira (1), acontece o Dia Nacional de Luta em Defesa da Vacina Para Todos e Todas, com carreatas em várias cidades e panelaço nacional às 20h. Também haverá ato público na Câmara dos Deputados, em Brasília, quando entidades protocolarão a entrega de um manifesto aos candidatos a presidentes das casas legislativas e darão início a uma Vigília Nacional.
A PEC 32, da Reforma Administrativa, significa o fim dos serviços públicos no Brasil e da garantia de direitos fundamentais. A proposta intensifica a terceirização, acaba com a estabilidade dos servidores públicos, com os concursos e com o Regime Único dos Servidores.
Outra bandeira de luta é a defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), reivindicando vacina já, gratuita e para todos e todas, assim como condições de trabalho e equipamentos de proteção para os profissionais da saúde nesse novo pico da pandemia, momento em que já estão exaustos e com problemas psicológicos.