Na próxima quarta-feira (11), docentes da UFRGS se reunirão em Assembleia Geral para debater sobre a adesão à Greve Nacional da Educação, no dia 18 de março, e a construção de uma greve da categoria docente (indicativo de greve). A assembleia, convocada pelo ANDES/UFRGS, acontece às 16h30, na sala 102 da Faculdade de Educação, no Campus Centro.
Ambos os temas são deliberações do 39º Congresso do ANDES-SN, ocorrido entre os dias 4 e 8 de fevereiro em São Paulo. O objetivo é somar forças e mobilizar a categoria para construir uma greve docente, ajudando a motivar um movimento paredista no setor da Educação e também um movimento conjunto com os servidores públicos federais.
Motivos nacionais não faltam, iniciando pelo estrangulamento orçamentário imposto às universidades públicas pelo governo de Bolsonaro e Mourão; passando pelo desmantelamento das agências públicas de fomento à pesquisa; e chegando ao projeto ‘Future-se’, que presenteia o setor privado com patrimônio, pesquisas e gestão, enquanto retira da comunidade que constrói cotidianamente a universidade a autonomia necessária para implementar projetos, escolher representantes e fortalecer o caráter social do conhecimento produzido.
A esse desastroso cenário nacional no que tange ao campo da Educação, somam-se a precarização das condições de trabalho e salário dos servidores públicos, expressos, por exemplo, na Reforma da Previdência e no completo desmonte da carreira docente. Sobre as motivações para a construção da greve, leia mais aqui.
Assim como a UFRGS, todas as seções do Sindicato Nacional estão realizando assembleias de base para discutir sobre a paralisação. Os resultados serão levados à reunião conjunta dos setores das Estaduais, Municipais e Federais, nos dias 14 e 15 de março, na sede do Sindicato Nacional, em Brasília.
Movimento unificado
Além da Greve Nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o 18 de março também será dia Nacional de Lutas, Protestos e Paralisações, convocado pelas Centrais Sindicais.
Em reunião ocorrida na quinta-feira (27), na sede do DIEESE em São Paulo, representantes de diversas centrais, além de frentes democráticas, decidiram fortalecer as manifestações já previstas, ampliando as pautas. “Há que barrar os projetos de Bolsonaro, mas só podemos fazê-lo nas lutas e nas ruas”, afirmou Luis Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
O dia 18 terá como mote a defesa dos serviços públicos, do emprego, direitos e democracia. Também será retomada nas bandeiras de luta a denúncia da MP905 (medida provisória) que instituiu a carteira de trabalho verde e amarela, retirando ainda mais direitos da classe trabalhadora e desregulamento ainda mais o trabalho.
O ANDES UFRGS convida todos a participarem da Assembleia Geral no dia 11 de março e a mobilizarem seus colegas para a construção da greve nacional da educação na UFRGS.