Assembleia Docente da UFRGS aprova adesão ao calendário nacional de lutas

Em assembleia geral realizada na terça-feira (10), os docentes da UFRGS decidiram aderir ao calendário nacional de mobilizações e paralisações das instituições federais de ensino, construído em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN.

Mobilização em setembro

A terça-feira, 24 de setembro, e a quarta-feira, 25, serão dias de mobilização.

Na terça (24), docentes, técnicos e estudantes da UFRGS participam de ato no centro de Porto Alegre, convocado pelas centrais sindicais e movimentos populares, em defesa do emprego, da educação, da Amazônia e contra a reforma da previdência e as privatizações.

Na quarta (25), ANDES/UFRGS, Sindoif e demais entidades promovem o debate “Future-se: o desfinanciamento do ensino superior”, com o professor Nelson Cardoso Amaral, da Universidade Federal de Goiás, especialista na área do financiamento. O debate acontece na sala 605 da Faculdade de Educação, a partir das 9h30.

Para organizar a mobilização, foi definida reunião no dia 16 de setembro, às 17h15, na sala 303 da Faculdade de Educação.

No dia 20 de setembro, haverá ato em defesa da Amazônia e da educação.

Adesão à paralisação nacional e universidades na praça

No encontro anterior do Setor das Federais, ocorrido nos dias 24 e 25 de agosto em Brasília, representantes docentes de todo o país decidiram pela construção de paralisação nacional da educação de 48 horas contra os cortes orçamentários, o Future-se e as intervenções do governo na indicação de reitores. A proposta é que os dois dias sejam de ocupação das universidades, institutos federais e Cefets.

As datas, inicialmente previstas para setembro, estão sendo reavaliadas pelas entidades nacionais da educação.

A proposta, aprovada por unanimidade na Assembleia dos docentes da UFRGS, é que a jornada de 48 horas seja de “luta, mobilizações e paralisações”, viabilizando a adesão conforme o grau de mobilização em cada local. Foi aprovada também, pela maioria dos presentes, a proposta de construir a paralisação na UFRGS nas datas indicadas, caso essa seja a indicação da nova reunião nacional do setor das federais que ocorre nesta quinta-feira (12) em Brasília.

A paralisação de 48 horas também foi aprovada pelos docentes da UFPel e do IFSul-CaVG, pelos docentes do IFRS (região metropolitana), em assembleia convocada pelo Sindoif, pelos docentes da Unipampa e pelos servidores técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS, em assembleia convocada pela Assufrgs. Docentes de Santa Maria indicam greve por tempo indeterminado; assembleia convocada pela Aprofurg, que reúne docentes da FURG e IFRS – Campus Rio Grande, não aprovou adesão à paralisação.

Além disso, o calendário nacional prevê a organização de um dia nacional das universidades, institutos federais e Cefets na praça, em outubro, e a realização de um dia de universidade de portas abertas, antes da paralisação. 

O professor Guilherme Camara, diretor do ANDES/UFRGS, representa o ANDES/UFRGS no encontro nacional desta quinta-feira (12).

 

Moção de solidariedade e defesa da liberdade de expressão

Também foi aprovada nota de solidariedade ao professor Francisco Marshall, do Departamento de História, e em repúdio a tentativa de cerceamento da liberdade de expressão e de manifestação. Após a publicação de Carta aberta aos comandantes da 3a. Região Militar do Exército e da Brigada Militar, o professor sofreu ameaças anônimas nas redes sociais. Leia aqui a íntegra da moção.