Em assembleia docente convocada pelo ANDES/UFRGS, professoras e professores aprovaram, na quarta-feira (20), a construção da greve do ANDES-SN na UFRGS tendo como horizonte uma greve das servidoras e servidores públicos federais, como deliberado previamente no 42º Congresso do ANDES-SN. A pauta local envolve deterioração das condições de trabalho, ausência e autoritarismo da reitoria interventora e a garantia de uma educação pública que atenda às necessidades do nosso povo.
“A assembleia foi muito positiva, a começar pelo número de pessoas, inclusive professores novos que estavam presentes, demonstrando um olhar atento da nossa categoria ao momento histórico que estamos vivendo”, analisa Magali Mendes de Menezes, professora da Faculdade de Educação (Faced). “A construção da greve é um caminho de diálogo, de reflexão sobre o momento atual que estamos vivendo e que diz respeito não somente à nossa condição salarial, à carreira docente, mas também à situação de descaso que a educação hoje vive no Brasil”, acrescenta.
“Vivemos, na UFRGS, uma situação dramática de degradação das condições de trabalho e de autoritarismo que afeta nosso cotidiano e nossa saúde. A construção da mobilização para a greve e a luta vão incluir nossa pauta local, que é indispensável e se impõe”, destaca Maria Ceci Araujo Misoczky, 2ª Vice-Presidenta da Regional RS do Sindicato Nacional.
Deliberações
A Assembleia docente da UFRGS integra a rodada de deliberações que está sendo realizada em seções sindicais de todo o Brasil pela campanha salarial e em defesa da Educação e do Serviço Público. Estiveram presentes representantes do Sindoif, da Assufrgs, do DCE, da diretoria regional do ANDES RS e da diretoria do ANDES-SN.
Além da construção da greve da categoria, foi aprovada, por aclamação, moção de apoio à greve dos técnicos administrativos em educação, movimento nacional que já conta com adesão de cerca de 70 universidades.
Em seguida foram feitos relatos da mobilização no setor das federais do ANDES-SN, na regional RS, Fasubra, Sinasefe e no Fonasefe. As falas foram unânimes quanto à necessidade de melhorar as condições de trabalho na UFRGS, que sofre com a ausência e descaso da Administração Central, além dos cortes orçamentários. Foram apontados impactos para a saúde mental de docentes e para o acesso e permanência dos estudantes que mais precisam.
Foi aprovada, ainda, a instauração da Comissão de Mobilização, que já na próxima semana iniciará com uma agenda de atividades. “Aprovar a construção da greve foi um passo importante. Isso vai permitir que a Comissão de Mobilização discuta com os professores sobre a justeza e oportunidade da greve, sem que isso seja confundido com uma greve política contra o governo Lula, até porque identificamos em nossas reivindicações, a mesma linha em defesa da educação que o governo defendia na campanha”, esclarece Carlos Alberto Saraiva Gonçalves, da Diretoria do ANDES/UFRGS.
Greve nacional
Reunião do setor das federais do ANDES-SN realizada nesta sexta-feira (22) apontou para deflagração de greve nas universidades, institutos federais e CEFETs no dia 15 de abril. Participe dos debates que acontecerão na UFRGS.
Participe da mobilização em defesa da nossa carreira e da Educação pública! Vem lutar no ANDES!