O ANDES/UFRGS participou, na quinta-feira (10), do Dia Nacional de Paralisação pela Educação Pública, convocado pelo Andes-SN, Fasubra e Sinasefe. Após ato Unificado em frente à Faculdade de Educação, houve caminhada até a reitoria da universidade. Além de docentes e técnicos(as) da UFRGS, participaram servidoras e servidores da UFCSPA, IFRS, UFSM, UFPel e FURG, mobilizados contra o sucateamento do setor e em defesa da valorização da categoria.
“A reconstrução da democracia se dá no encontro das entidades. Sabíamos que esse momento não seria fácil, pois é momento de recompor uma democracia esfacelada e estraçalhada em todos os sentidos. Temos que reaprender a lutar, a colocar em dia nossa voz sufocada durante o governo genocida que passou, e é muito bom ver esse espaço ser retomado”, afirmou Magali Mendes de Menezes, presidenta da Seção Sindical.
Pontos inegociáveis
A professora destacou a importância da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), na qual, segundo ela, “há pontos inegociáveis” em jogo, como o direito à greve. “É dever de um governo que se diz democrático e vem da base de trabalhadoras e trabalhadores fazer a defesa da educação pública. Não podemos aceitar que esse governo inicie bloqueando R$ 333 milhões do orçamento, que seria repetir o descaso com a educação pública do país. Nós apoiamos, fomos às ruas e agora temos que cobrar a defesa da democracia e dos direitos”, reforçou.
“Estamos defendendo a recomposição da nossa carreira, e das perdas salariais dos últimos anos, mas a nossa luta também é contra o Novo Ensino Médio. A gente não aceita melhorismos, a gente quer um projeto que atenda aos interesses da classe trabalhadora, da educação infantil até a pós-graduação, que seja um projeto da classe para a classe”, lembrou Daniele Cunha, tesoureira da Regional Rio Grande do Sul do Andes-SN e professora do Colégio de Aplicação da UFRGS.
Em Assembleia Docente da UFRGS realizada na quarta-feira (9), foi apontada a necessidade de articulação e da unidade dos trabalhadores da educação. Foi deliberado, ainda, a reivindicação de reposição salarial das perdas sem parcelamento e o revogaço das contrarreformas aprovadas nos governos de Temer e Bolsonaro.
Dia da e do Estudante
Na sexta-feira (11), Dia da e do Estudante, milhares de pessoas saíram às ruas de todo o país em defesa do Orçamento para a Educação e da revogação do Novo Ensino Médio (NEM). Em Brasília, houve marcha entre o Museu da República e o Ministério da Educação (MEC), ao som de “Um, dois, três, quatro, cinco mil, revoga a reforma ou paramos o Brasil”!
A mobilização foi organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), com apoio do ANDES-SN e outras entidades. Um dia antes, manifestantes de diversos estados do país já haviam se reunido em frente ao MEC no Ato Nacional em Defesa da Educação Pública, para exigir a revogação do NEM.