A Diretoria do ANDES-SN divulgou nota nesta terça-feira (6) repudiando a privatização dos Correios. O Projeto de Lei 591/2021, de autoria do Poder Executivo, deve ser votado na Câmara dos Deputados entre 12 e 15 julho, antes do recesso parlamentar.
Para o Sindicato Nacional, a venda fere o princípio da soberania nacional e aprofunda ainda mais a dura realidade da classe trabalhadora brasileira, significando “mais um passo na subserviência do estado brasileiro ao capital, transformando nosso patrimônio e os serviços prestados para a população em mercadoria, fazendo com que as empresas privadas possam lucrar ainda mais, enquanto as trabalhadoras e os trabalhadores pagarão o preço por essa política entreguista”.
Apesar da mentira que justificava a venda ao peso da estatal no orçamento da União, o relatório de Demonstrações Contábeis de 2020 apontou lucro líquido de R$ 1,53 bilhão na empresa pública – maior resultado nos últimos 10 anos.
“Os Correios atendem todo o território nacional, inclusive àqueles onde as suas atividades não geram lucro. É responsável por 44% das entregas de encomenda do país, onde pratica preços bem mais baixo do que da concorrência privada”, acrescenta o ANDES-SN.
Tramitação de urgência
A tramitação de urgência do PL 591/2021 foi aprovada em maio pela Câmara dos Deputados, liberando a pauta para ser votada diretamente no plenário, sem necessidade de apreciação pelas comissões legislativas.
A previsão do governo é de publicar o edital ainda neste ano, para que a licitação ocorra em março.
13J
No próximo dia 13 acontecerá um dia nacional de luta contra as privatizações dos Correios e das demais estatais e contra o PL 409/2007 (Marco Temporal), que ameaça a demarcação de terras indígenas. Em Porto Alegre, está previsto ato às 18h, em frente à Prefeitura. Essa atividade faz parte da agenda de lutas que levou milhares de pessoas às ruas no último sábado (3) pelo Fora Bolsonaro e Mourão, vacina para todos e por auxílio emergencial de 600 reais. Outro ato deve acontecer no dia 24 de julho.