O ANDES-SN emitiu, no domingo (17), nota pública favorável ao pedido de impedimento de Jair Bolsonaro apresentado por movimentos sociais, entidades e partidos políticos, em que informa que subscreverá o mesmo. Na visão do Sindicato Nacional, a crise social que vem sendo intensificada desde que o governo atual assumiu se agravou ainda mais com a pandemia de Covid-19, que poderia ter sido enfrentada de outra forma se houvesse, por exemplo, investimento em pesquisas e esforços coordenados.
“A situação é gravíssima! Possivelmente já morrem mais de mil pessoas por dia no Brasil, dada as subnotificações, enquanto banqueiros e empresários, representados por Bolsonaro e alguns governos estaduais, lutam para que as medidas de isolamento social sejam revogadas e a classe trabalhadora seja sacrificada para salvar os CNPJ do capital”, alerta a entidade docente.
Desde a eleição do governo de extrema-direita, em 2018, as instâncias máximas de deliberação do ANDES-SN têm afirmado e reafirmado a centralidade da construção de uma ampla unidade para combater todos os ataques do capital contra os direitos e as liberdades democráticas. Nos dias 14 e 15 de maio, a diretoria da entidade se reuniu virtualmente para aprofundar a agenda de iniciativas políticas contra os ataques em curso, assim como para organizar a luta pelo adiamento do Enem e para “combater as ações de reitores que querem impor um arremedo de EAD em substituição ao ensino presencial”.
“Diante da situação de profunda excepcionalidade criada pela pandemia que impossibilita a realização de assembleias presenciais ou reuniões presenciais de nosso Sindicato Nacional, a Diretoria Nacional deliberou por assinar o pedido de impedimento de Jair Bolsonaro”, explica o Sindicato, destacando que “derrotar a agenda ultraliberal, conservadora, autocrática, fundamentalista e obscurantista de Bolsonaro, Mourão, Guedes e seus aliados está no centro de todos os esforços e ações” da entidade.
“Ao assinarmos o atual pedido, reafirmamos nossa prioridade: construir uma Frente Nacional Unitária como espaço que pode intensificar a mobilização da classe trabalhadora para combater as contrarreformas neoliberais, as violações às liberdades democráticas e assegurar os direitos fundamentais de trabalhadoras e trabalhadores, assim como a defesa dos serviços públicos. As disputas institucionais não são a frente prioritária de luta, ainda que possam ser instrumentalizadas para fazer avançar nossa agenda, e, por isso, devemos continuar envidando esforços para intensificar as lutas e a reorganização da classe trabalhadora para impedir o avanço do genocídio provocado pelas ações do governo Bolsonaro diante da pandemia da COVID-19 e defender nossas vidas”, finaliza a nota. Para ler o documento na íntegra, clique aqui.